Advogado de Bolsonaro tem celular apreendido pela PF: Descubra o desfecho do caso

No dia 16 de agosto de 2023, a Polícia Federal (PF) encontrou o advogado Frederick Wassef em um estabelecimento gastronômico situado na Zona Sul de São Paulo. Esse episódio ocorreu após Wassef confessar ter desembolsado quase $50.000 para recomprar um relógio de luxo que havia sido vendido ilegalmente por ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A busca pessoal autorizada pelo sistema judicial aconteceu na noite da quarta-feira, e testemunhas relataram que o advogado estava dentro de um restaurante situado em um shopping center da Zona Sul de São Paulo, onde seu telefone celular foi apreendido durante a operação realizada pela PF. Além disso, outras pessoas também estavam presentes no local e presenciaram o procedimento.

O advogado não ofereceu resistência quando os agentes da PF o encontraram, e seu carro também foi registrado durante o incidente. Vale lembrar que, na última sexta-feira, Wassef não havia sido localizado pela PF durante uma operação relacionada à venda ilegal e recompra de joias destinadas ao governo brasileiro.

Investigação sobre arsenal registrado

Na quarta-feira à tarde, quatro agentes do Setor de Inteligência da PF buscaram Wassef na cidade de São Paulo, visitando diversos estabelecimentos gastronômicos localizados na Zona Sul da cidade com o objetivo de encontrá-lo. Além dessa questão, a PF está investigando o arsenal registrado pelo advogado junto ao Exército, já que as armas, incluindo um rifle, devem estar vinculadas a um endereço específico. No entanto, durante a operação da última sexta-feira, os agentes não encontraram nada em um dos endereços associados a Wassef. Agora, eles estão à procura de informações sobre o paradeiro dessas armas e se elas foram devidamente registradas novamente.

O relógio Rolex de luxo foi presenteado por autoridades sauditas a Jair Bolsonaro durante uma viagem oficial do então presidente aos Estados Unidos, Qatar e Arábia Saudita em 2019. O relógio foi levado para os EUA quando Bolsonaro viajou para lá pouco antes do fim de seu mandato presidencial e acabou sendo vendido ilegalmente por Mauro Cid, que na época era ajudante de Bolsonaro.

Em 15 de março deste ano, o Tribunal Federal de Contas (TCU) determinou que Bolsonaro entregasse ao tribunal, em até cinco dias após o ocorrido, um conjunto de joias suíças da marca Chopard feitas de ouro branco. Essas joias haviam sido presenteadas pelo governo saudita durante uma viagem oficial em 2019 e foram devolvidas posteriormente. Após a revelação do caso envolvendo o Rolex, Wassef viajou para os Estados Unidos com o objetivo de recuperá-lo.

Segundo as investigações da PF, os ajudantes do ex-presidente iniciaram uma operação para recuperar o relógio Rolex ilegalmente vendido nos EUA. Durante esse período, houve várias interações entre Wassef e Mauro Cid. Em 11 de março, Wassef embarcou em um voo com destino aos Estados Unidos. Nos últimos dias, o advogado tem dado declarações contraditórias sobre a recompra do relógio. Em um comunicado divulgado no domingo, ele afirmou nunca ter vendido, oferecido ou possuído joias, nem ter se envolvido em qualquer negociação de venda direta ou indireta. No entanto, em conversa com o blog de Andreia Sadi na terça-feira, Wassef admitiu ter comprado o relógio.

Dessa forma, a busca pessoal autorizada pela Justiça e realizada pela Polícia Federal encontrou Frederick Wassef em um restaurante de São Paulo após ele confessar ter gasto uma grande quantia para recomprar o luxuoso relógio Rolex que pertencia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com informações do site G1.