Amazonas Energia: líder em reclamações por problemas no fornecimento de energia

Problemas com energia elétrica afetam população do Amazonas e empresa é alvo de reclamações

Manaus (AM) – A empresa Amazonas Energia tem enfrentado uma série de problemas que têm impactado a população do estado do Amazonas. A diminuição de energia, interrupções repentinas e cobranças excessivas têm sido as principais queixas dos consumidores.

Durante o período de fevereiro a agosto de 2023, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) destacou-se ao intermediar conflitos entre os consumidores e a empresa. Foram realizadas cerca de 300 audiências, resultando em acordos em aproximadamente 80% dos casos.

As reclamações mais frequentes registradas pelo Instituto de Proteção ao Consumidor (Procon-AM) estão relacionadas a danos em eletrodomésticos. Segundo o advogado Nicolás Gomes, especializado em direitos do consumidor, “bens danificados, especialmente eletrodomésticos queimados, continuam sendo a maior preocupação e motivo de reclamações no Procon-AM em relação à concessionária.”

No ano passado, o Procon-AM registrou 10.400 reclamações dos clientes da Amazonas Energia. Os problemas vão desde cortes inadequados no fornecimento elétrico até apagões que causam prejuízos para moradores e proprietários de negócios que dependem da eletricidade.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia investigou irregularidades na geração e distribuição de energia elétrica no estado. Diante dessa situação, o advogado Flavio Espírito Santo orienta os consumidores sobre como proceder em casos de problemas com a empresa. Ele recomenda buscar um advogado quando receber ameaças de desligamento indevido, cortes indevidos, relatórios negativos injustificados ou sofrer prejuízos decorrentes de interrupções no fornecimento elétrico. Em casos de cobranças abusivas, é possível procurar o Procon antes de acionar a via judicial.

Recentemente, os proprietários dos negócios Júlia Carla González e Denison Araújo foram afetados pelo apagão que atingiu Manaus e outras cidades brasileiras. Para evitar desperdício de seus produtos devido à falta de armazenamento causada pela falta de energia elétrica, eles distribuíram dois mil sorvetes nos semáforos do cruzamento entre as ruas Djalma Batista e João Valério. Júlia Carla afirmou estar feliz por ver que seu produto foi bem recebido e por evitar perdas.

No caso de empresas que não podem operar durante a ausência de fornecimento elétrico, o advogado Espírito Santo informa que é possível recorrer a medidas legais para reivindicar compensações pelos danos causados pelos apagões. Ele destaca que “apesar de agirem como fornecedores desses produtos aos consumidores, os comerciantes também são consumidores. Cada comerciante é um consumidor dos serviços de eletricidade e tem os mesmos direitos de um cidadão comum. Não importa se são pessoas físicas ou jurídicas; o fornecedor do serviço deve oferecer compensações pelas perdas decorrentes dos apagões.”

Dessa forma, é fundamental que os consumidores conheçam seus direitos e, se necessário, recorram às vias legais para reivindicar os danos sofridos em decorrência desses problemas.

Com informações do site Portal Em Tempo.