Aumento da Gripe Aviária Preocupa: Impactos no Bolso do Consumidor?

Gripe aviária: aumento de casos pode afetar o bolso do consumidor?

Recentemente, o Brasil tem enfrentado um aumento preocupante nos casos de influenza aviária, o que tem gerado alarme entre os estados que possuem produtores avícolas. Como resposta a essa situação, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) recomendou que pelo menos 10 estados declarassem oficialmente estado de emergência zoossanitária.

Os estados em questão são Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe, Piauí e Goiás. Até a última sexta-feira (4), o monitoramento realizado pelo ministério identificou 74 casos de influenza aviária altamente patogênica no território nacional.

Dos 74 casos confirmados até o momento, 72 ocorreram em aves silvestres e apenas 2 em aves domésticas. Nenhum caso foi detectado em aves comerciais. Os estados que reportaram esses casos foram Espírito Santo (28), Rio de Janeiro (15), São Paulo (10), Paraná (8), Santa Catarina (6), Bahia (4) e Rio Grande do Sul (1).

Diante desse panorama, é natural que surjam dúvidas sobre os possíveis impactos dessa situação na produção de carne de frango para consumo e no bolso do consumidor. Economistas consultados pela InfoMoney concordam que não deverá haver impacto imediato na inflação e nos preços ao consumidor.

Um dos fatores mencionados é o peso da carne de frango na cesta de consumo brasileira. Embora seja relevante em alguns itens como comer fora e lanches, um aumento nos preços poderia levar a uma redução no consumo desse produto, reequilibrando o mercado.

Além disso, o custo do frango no mercado vem diminuindo desde o ano passado, o que também contribui para evitar aumentos significativos nos preços. Por fim, a suspensão temporária das importações de frango brasileiro por países como o Japão tem levado ao redirecionamento desses produtos para o mercado interno.

É importante ressaltar que, até o momento, não foram detectados casos em aves de criação comercial. Portanto, não há necessidade de descartar qualquer parte da produção agrícola brasileira. Caso algo seja detectado dentro do período de produção nas granjas, somente no final do ano seria possível perceber algum impacto potencial.

Em suma, apesar das preocupações causadas pelo aumento dos casos de influenza aviária no país, as medidas adotadas pelos estados e a análise dos economistas indicam que os impactos na produção e no bolso do consumidor podem ser controlados e minimizados. O monitoramento e a vigilância continuam sendo essenciais para garantir a segurança zoossanitária nacional.

Com informações do site InfoMoney.