Automação do INSS nega 65% dos pedidos
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adotou a automatização da análise de solicitações de benefícios com o objetivo de agilizar o processo e tornar a vida dos aposentados mais fácil. No entanto, uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que o número de negações está aumentando e atingiu um percentual alarmante.
Em 2021, as decisões automáticas resultaram em uma porcentagem de negações de 41%. No ano seguinte, esse número aumentou para 65%, tornando-se o maior percentual registrado desde 2006. Além disso, a auditoria aponta que muitas dessas negações são indevidas ou injustas.
Essa tendência preocupante cria um ciclo vicioso, pois a automação deveria agilizar o processo, mas acaba prejudicando aqueles que já enfrentam dificuldades. Isso leva a retrabalhos, cidadãos voltando à fila do INSS para tentar novamente ou buscando recursos junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social ou por meio de ações judiciais.
A CGU identificou que o principal problema é a falta de análise de riscos e planejamento adequado por parte do INSS. Embora os sistemas automatizados sejam configurados para lidar com diferentes situações durante a análise das solicitações, os processos administrativos podem se deparar com complexidades que exigem intervenção humana.
A solução para esse problema passa pelo aprimoramento da metodologia do INSS na definição de parâmetros melhores e pela contratação de novos funcionários que possam auxiliar no processo de automação. É fundamental que a agência confie na modernidade tecnológica, desde que essa confiança não resulte em distorções e injustiças.
Atualmente, o INSS conta com 19.510 funcionários ativos em todo o país, número significativamente menor do que em 2013. Apesar da tendência de substituição gradual do trabalho humano por máquinas, é importante lembrar que existem etapas nas quais a atuação dos funcionários é indispensável no campo da seguridade social.
Diante desses desafios, é necessária uma gestão mais eficiente, maior transparência nas análises automatizadas e ajustes nos processos. Além disso, é fundamental garantir a atualização adequada da base de dados para evitar negações indevidas com base em informações desatualizadas.
É preciso encontrar um equilíbrio entre a automação e a intervenção humana para garantir um processo justo e eficiente na concessão de benefícios previdenciários aos cidadãos. O INSS deve aprender com as falhas identificadas pela CGU e buscar melhorias contínuas para cumprir sua missão de proteger os direitos dos aposentados e segurados da Previdência Social.
Notícia | Dados Importantes |
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Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) | – Adotou a automatização da análise de solicitações de benefícios – Objetivo: agilizar o processo e tornar a vida dos aposentados mais fácil |
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) | – Constatou aumento no número de negações de benefícios – Percentual de negações em 2021: 41% – Percentual de negações em 2022: 65% (maior desde 2006) – Muitas negações são indevidas ou injustas |
Problemas identificados | – Falta de análise de riscos e planejamento adequado – Complexidades que exigem intervenção humana – Retrabalhos e busca por recursos judiciais |
Solução proposta | – Aprimoramento da metodologia e definição de parâmetros melhores – Contratação de novos funcionários para auxiliar na automação |
Desafios | – Gestão eficiente e transparência nas análises automatizadas – Atualização adequada da base de dados – Equilíbrio entre automação e intervenção humana |
Conclusão | – INSS deve aprender com as falhas identificadas e buscar melhorias contínuas – Missão de proteger os direitos dos aposentados e segurados da Previdência Social |
Com informações do site UOL.