Censo revela novo perfil do consumidor
Uma pesquisa recente publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou dados surpreendentes sobre o crescimento populacional no país.
A população aumentou menos do que o esperado, o que tem gerado preocupação entre os prefeitos, pois a redução de habitantes nos municípios pode resultar na diminuição da transferência de recursos do Fundo de Participação Municipal (FPM).
Esse fato tem gerado um debate acerca da necessidade de imigrantes para ocupar vagas de emprego e equilibrar o sistema de seguridade social.
No entanto, ainda não foram discutidos em profundidade os enormes efeitos que esses novos perfis demográficos terão nas relações de consumo.
Uma das principais descobertas é a diminuição no número médio de residentes por domicílio, o que indica que as famílias estão consideravelmente menores do que no passado.
Por outro lado, houve um aumento no número de residências, o que representa um mercado maior para propriedades residenciais com menos quartos e banheiros.
Isso é uma boa notícia para lojas que vendem utensílios domésticos, produtos para casa e decorações, desde que se adequem aos espaços menores disponíveis.
Observa-se também um crescimento proporcionalmente maior das cidades médias em relação às metrópoles.
Especialistas apontam que isso se deve aos altos custos de vida nas megacidades e à violência e tráfego congestionado enfrentados pelas famílias.
Com a migração interna dos residentes das capitais para as cidades médias, também será necessário oferecer serviços mais sofisticados e diversos para atender a essa tendência.
Shoppings, empresas de aluguel de carros, restaurantes e redes de fast food terão que prestar mais atenção às áreas rurais e adaptar seus produtos e serviços aos perfis de consumo dessas comunidades.
Além disso, o crescimento demográfico foi mais do que o dobro da média nacional na região Centro-Oeste, o que é esperado considerando a importância do agronegócio nessa região.
A região Norte também cresceu mais do que o Brasil como um todo, embora tenha havido uma desaceleração em comparação com décadas anteriores.
Esse desenvolvimento de cidades pequenas e médias e outras regiões aumenta a demanda por técnicos especializados, funcionários públicos, prestadores de serviços, entre outros profissionais.
Outro fator importante é o aumento no número de pessoas com mais de 65 anos, representando agora 10.5% da população total.
A população adulta entre 30 e 64 anos cresceu para alcançar 46.1%, enquanto os jovens estão em menor quantidade: 20.9% têm entre 18 e 29 anos e 24.6% têm menos de 18 anos.
Essa mudança na pirâmide etária traz desafios não apenas na área da saúde e assistência social, mas também em relação ao consumo.
Precisamos estar preparados para atender às necessidades dos idosos, como oferecer produtos especializados incluindo pisos antiderrapantes e banheiros com barras de apoio, além de conforto através do fornecimento de sofás e cadeiras adequadas.
É importante também contar com vendedores capacitados para atender aos idosos de forma amigável e eficiente.
Felizmente, o Brasil possui leis de proteção ao consumidor, como o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Marco Civil da Internet.
Espera-se que em breve tenhamos também um Marco de Inteligência Artificial.
Outro aspecto importante é a conscientização sobre o consumo responsável, que envolve uma seleção criteriosa de produtos e serviços, levando-se em consideração os impactos ambientais, sociais e econômicos dos padrões de consumo.
O consumo colaborativo também ganha destaque, onde a colaboração se torna mais presente no ato de consumir.
Resumo da Notícia |
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População brasileira cresceu menos do que o esperado, gerando preocupação entre prefeitos |
Diminuição no número médio de residentes por domicílio indica famílias menores |
Cidades médias têm crescimento proporcionalmente maior do que as metrópoles |
Empresas devem adaptar produtos e serviços às áreas rurais e comunidades de cidades pequenas e médias |
Região Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento demográfico acima da média nacional |
Aumento no número de idosos traz desafios na área da saúde e assistência social, além de impactar o consumo |
Leis de proteção ao consumidor existem no Brasil, como o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto do Idoso |
Consumo responsável e colaborativo são tendências em ascensão |
Com informações do site UOL.