Confiança do consumidor é a maior em mais de 4 anos, diz FGV
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) no Brasil atingiu seu nível mais alto em mais de quatro anos, de acordo com informações divulgadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O relatório recente do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV revela que o ICC registrou um aumento de 4,1 pontos em junho deste ano, alcançando 92,3 pontos. Esse é o maior nível desde fevereiro de 2019.
A economista Anna Carolina Gouveia, do Ibre-FGV, destaca que a intenção de compra de bens duráveis nos próximos meses foi um dos principais impulsionadores desse resultado positivo. Isso indica uma redução no pessimismo dos consumidores em relação aos gastos, impulsionada pela diminuição da inflação e expectativas de redução das taxas de juros futuramente.
No entanto, Gouveia ressalta que ainda é cedo para afirmar que há uma melhora sustentada na confiança do consumidor. Isso se deve à situação financeira insatisfatória das famílias, com alto endividamento sendo um dos principais problemas enfrentados pelos consumidores.
Outros indicadores também mostraram avanços significativos. O Índice de Expectativas (IE) registrou crescimento pelo segundo mês consecutivo, com aumento de 3,6 pontos, chegando a 104 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) atingiu 75,7 pontos, o nível mais alto desde março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 começou.
A única queda observada foi nas perspectivas para as finanças familiares nos próximos meses, com uma redução de 4 pontos, chegando a 101,3 pontos.
Apesar dos avanços recentes na confiança do consumidor no Brasil, ainda existem desafios a serem superados para uma recuperação significativa. A situação econômica das famílias e o endividamento continuam sendo pontos de preocupação. No entanto, os números positivos observados nos últimos meses podem servir como um sinal encorajador para o futuro econômico do país.
Índice de Confiança do Consumidor (ICC) | Informações |
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Nível mais alto em mais de quatro anos | Atingiu 92,3 pontos em junho de 2021 |
Intenção de compra de bens duráveis | Redução no pessimismo dos consumidores |
Índice de Expectativas (IE) | Crescimento de 3,6 pontos, chegando a 104 pontos |
Índice da Situação Atual (ISA) | Aumento de 4,4 pontos, atingindo 75,7 pontos |
Perspectivas para as finanças familiares | Redução de 4 pontos, chegando a 101,3 pontos |
Com informações do site Metrópoles.