Corte suave na Selic terá impacto limitado no consumidor

O impacto limitado do corte na taxa de juros Selic

O recente corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros, Selic, terá um impacto limitado a curto prazo, de acordo com especialistas. Isso se dá pelo fato de que a redução da taxa de juros está ocorrendo em um ritmo lento, além do fato de que a população ainda se encontra com níveis elevados de endividamento, o que desencoraja os bancos a conceder crédito.

Geralmente, leva-se entre seis e nove meses para que as reduções ou aumentos na Selic afetem efetivamente o custo do crédito e permitam que consumidores e empresas solicitem empréstimos com base nas novas taxas. Uma taxa mais baixa torna o dinheiro mais acessível e resulta em mais financiamento para investimentos e consumo, impulsionando assim o crescimento econômico.

No entanto, dado que o corte na Selic foi moderado, espera-se que o impacto nos consumidores seja mínimo. Além disso, ainda há um alto índice de inadimplência entre os brasileiros, o que dificulta ainda mais a busca por crédito. Para as famílias com altos níveis de endividamento, o crédito continuará sendo caro e será necessária uma diminuição significativa nas taxas de juros para torná-lo mais acessível.

Por outro lado, para as empresas o impacto é imediato. Muitas delas costumam financiar seu capital de giro com base na Selic e já podem sentir certo alívio agora mesmo. No entanto, é importante ressaltar que a taxa de juros para novos investimentos pode levar até nove meses para diminuir.

No mercado de capitais, não se espera um aumento significativo nos preços das ações das empresas, uma vez que os investidores já esperavam por essa redução na taxa de juros e já incorporaram essa mudança nos preços.

Com relação ao crescimento econômico do país, os economistas já consideram o corte na Selic nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e o próximo. Portanto, não devemos esperar nenhuma alteração nessas estimativas em decorrência da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo o C6 Bank, estima-se que a taxa básica encerre o ano em 12% e caia para 9,5% em 2024. Com base nesses números, espera-se um crescimento do PIB de 2,5% neste ano e 1% no próximo.

Essas informações foram veiculadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Com informações do site UOL Economia.