Grande recurso do cartão de crédito está na mira do governo: veja o que pode mudar

Importante característica dos cartões de crédito está sob investigação do governo: esta é a possível mudança em pauta. Nas últimas semanas, o crédito rotativo tem sido alvo de discussões nas esferas governamentais relevantes, com declarações de importantes figuras econômicas do país.

Recentemente, o presidente do Banco Central, Campos Neto, levantou preocupações sobre as altas taxas de juros e a dívida excessiva dos cartões de crédito no Brasil. Em sua declaração, Neto até mesmo sugeriu eliminar o uso do crédito rotativo como uma opção para enfrentar essa situação.

O ministro da Economia, Fernando Haddad, também criticou esse tipo de crédito nos últimos dias, classificando-o como o “maior problema relacionado às taxas de juros” no país. O político defende a aplicação de taxas mais baixas para pessoas com faturas em atraso, pois acredita que essas faturas têm contribuído para o endividamento da população, afetando especialmente os menos favorecidos.

Por que o crédito rotativo se tornou uma questão prioritária para o governo?

Quando um cliente não consegue pagar sua fatura do cartão de crédito, ele acaba sendo direcionado ao sistema de crédito rotativo. Nesse momento, o banco converte o valor pendente em uma forma de “empréstimo“, gerando encargos financeiros que só aumentam os níveis de endividamento das pessoas.

Basicamente: O Banco Central está buscando reduzir as taxas de juros dos cartões de crédito para que faturas não pagas sejam automaticamente direcionadas para um sistema parcelado, com uma taxa mensal de 9%. Anualmente, isso representaria uma porcentagem muito menor do que a atualmente cobrada no crédito rotativo.

Governo e Congresso trabalham para aprovar mudanças

Em entrevistas recentes, Campos Neto compartilhou mais detalhes sobre essa solução. Espera-se que uma proposta oficial seja apresentada nos próximos 90 dias. Além disso, o deputado Elmar Nascimento (União-BA), relator do Projeto de Lei do Desenrola (Lei de Resolução de Cartões), também está envolvido no desenvolvimento dessa iniciativa.

Atualmente, há também um projeto em tramitação no Congresso que visa limitar as taxas de juros do crédito rotativo. O PL 2685/2022, coordenado pelo Ministério da Economia, Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e legisladores, tem como objetivo estabelecer um prazo para que os bancos definam um limite para as taxas cobradas em seus cartões de crédito.

Imagem: Kmpzzz / Shutterstock.com

NotíciaImportante característica dos cartões de crédito está sob investigação do governo
ResumoO crédito rotativo dos cartões de crédito está sendo discutido pelo governo devido às altas taxas de juros e ao endividamento excessivo da população.
Principais pontos
  • O presidente do Banco Central, Campos Neto, levantou preocupações sobre as altas taxas de juros e sugeriu eliminar o uso do crédito rotativo.
  • O ministro da Economia, Fernando Haddad, criticou o crédito rotativo e defendeu a aplicação de taxas mais baixas para pessoas com faturas em atraso.
  • O Banco Central busca reduzir as taxas de juros dos cartões de crédito e direcionar faturas não pagas para um sistema parcelado com taxa mensal de 9%.
  • O governo e o Congresso estão trabalhando para aprovar mudanças, incluindo um projeto de lei que visa limitar as taxas de juros do crédito rotativo.
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Com informações do site Grande Recurso do Cartão de Crédito.

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