Desvendado: Jornalista revela provas chocantes que anularam Caso Evandro

Jornalista revela desenvolvimento judicial no Caso Evandro que pode levar à anulação das condenações

No dia 10 de junho de 2023, o jornalista Ivan Mizanzuk compartilhou em uma entrevista surpreendente um desenvolvimento judicial no Caso Evandro. O jornalista revelou que seria simples encontrar as provas que levaram à anulação das condenações dos envolvidos no crime conhecido como “Caso Evandro” ou “As Bruxas de Guaratuba”.

No dia anterior, em 9 de junho, os juízes da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) decidiram unanimemente anular as condenações dos acusados com três votos a favor e dois contra. Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares, Osvaldo Marcineiro e Vicente de Paula Ferreira foram absolvidos das acusações. Vale ressaltar que Vicente faleceu em 2011.

O caso remonta a 1992 quando Evandro, um menino de seis anos, desapareceu a caminho da escola em Guaratuba, litoral do Paraná. Após intensas buscas, o corpo da criança foi encontrado com sinais de violência. Sete pessoas foram acusadas e quatro foram condenadas pelo crime.

O ponto de virada neste caso ocorreu com Ivan Mizanzuk, que encontrou provas de tortura nas fitas de áudio completas que ele publicou. Essas fitas revelaram confissões obtidas sob coerção dos acusados e serviram como base para a revisão penal solicitada pela defesa em 2021.

Decisão histórica traz reflexões sobre a importância de rejeitar a tortura como método de investigação

A decisão dos juízes foi considerada histórica pela defesa dos declarados inocentes e trouxe reflexões sobre a importância de rejeitar a tortura como método de investigação. O impacto dessa decisão nos envolvidos foi evidente, especialmente para Beatriz Abagge, que detalhou a violência sofrida durante os interrogatórios. Em 2022, o governo do Paraná emitiu um pedido de desculpas oficial pelas torturas cometidas contra ela.

O Caso Evandro teve cinco julgamentos ao longo dos anos, resultando em condenações, absolvições e prescrição de penas para os envolvidos. A revisão penal solicitada pela defesa foi aceita em agosto de 2023 pela 1ª Câmara Criminal do TJ-PR após a apresentação das fitas de áudio completas como provas, revelando informações cruciais sobre a tortura que haviam sido ocultadas na versão anterior.

Embora o Caso Evandro seja uma tragédia que marcou o Paraná em 1992, a revisão judicial destaca a importância de uma justiça imparcial e reforça o repúdio à tortura como método para obter confissões. Isso serve como um lembrete do valor da busca pela verdade e da necessidade de garantir os direitos fundamentais aos acusados durante as investigações.

Com informações do site Jornalismo Investigativo