BOMBA: Empresas utilizam softwares para vigiar funcionários e cortar salário de quem abandona o computador
No mundo atual, muitos trabalhadores estão sendo observados durante suas atividades diárias. A vigilância no local de trabalho está se tornando cada vez mais comum em diversas empresas, levantando questionamentos sobre os motivos dessa prática.
Historicamente, dispositivos têm sido utilizados para avaliar a produtividade dos funcionários. No entanto, nos últimos anos, a vigilância digital tem se tornado mais sofisticada e invasiva, resultando em deduções salariais, punições e até mesmo demissões.
O monitoramento no local de trabalho é realizado por meio de software especializado que registra métricas de produtividade. Empresas como a Amazon têm utilizado essas ferramentas principalmente com funcionários de níveis inferiores. Recentemente, essa prática se expandiu para posições de alto nível em grandes corporações.
Mecanismos não convencionais são adotados pelas empresas para monitorar seus funcionários tanto nas instalações físicas quanto remotamente. Rastreadores, registros do tempo gasto digitando e medidores de inatividade são alguns dos recursos utilizados. Pausas longas podem resultar em multas e punições, podendo chegar à demissão em casos extremos.
Essa vigilância não está restrita a uma única empresa ou país. Grandes corporações ao redor do mundo adotam essa prática constante. Nos Estados Unidos, o JP Morgan monitora chamadas telefônicas e e-mails dos funcionários. No Reino Unido, o Barclays envia notificações aos colaboradores com mensagens como “você não trabalhou tempo suficiente”. Já na UnitedHealth, o tempo gasto digitando afeta diretamente salários e bônus.
Entretanto, é importante ressaltar que esses sistemas de monitoramento possuem limitações. Eles não conseguem acompanhar atividades realizadas offline, ou seja, fora do ambiente digital. Essa é uma das principais críticas feitas pelos funcionários, pois muitas de suas tarefas ocorrem de forma não digital.
Em entrevista ao The New York Times, a executiva financeira Carol Kraemer relatou problemas ao tentar rastrear seu trabalho remoto, já que o sistema de monitoramento não reconhecia atividades como resolver problemas matemáticos, ler materiais e dedicar tempo para reflexão.
Diante dessa vigilância no local de trabalho, é importante refletir sobre os impactos nos funcionários. Mesmo com argumentos a favor da produtividade e eficiência resultantes desse monitoramento, é necessário equilibrar esses benefícios com a privacidade e individualidade dos trabalhadores. Será possível encontrar um ponto de equilíbrio nessa área?
Notícia | Relatório: Vigilância no Local de Trabalho |
---|---|
Resumo | Nos dias atuais, a vigilância no local de trabalho está se tornando cada vez mais comum em diversas empresas. O monitoramento é feito através de software especializado que registra métricas de produtividade. Essa prática tem sido adotada tanto por empresas de níveis inferiores como por grandes corporações. No entanto, há limitações nesses sistemas de monitoramento, já que não conseguem acompanhar atividades offline. É necessário equilibrar os benefícios desse tipo de vigilância com a privacidade dos trabalhadores. |
Com informações do site BOMBA: empresas usam softwares para vigiar funcionários e cortar salário de quem abandona o computador.