Endividamento cai no DF, mas cresce número de consumidores com dívidas em atraso e aqueles que não terão condições de pagar

No mês de julho de 2023, foi registrado uma diminuição de 2,6 pontos percentuais no percentual de famílias endividadas em comparação com junho deste mesmo ano. Isso significa que **24.600 famílias** saíram da lista dos endividados na região. Ao compararmos com julho do ano anterior, a queda é ainda maior, chegando a **9,2 pontos percentuais**.

Contudo, houve um aumento no número de famílias com dívidas vencidas em julho, sendo um acréscimo de **12.900 famílias**, totalizando **161.000** nessa situação. Dessas famílias, cerca de **8.800 afirmaram não conseguir cumprir suas obrigações financeiras**. Aproximadamente metade delas (50%) encontra-se endividada há mais de 90 dias.

Quanto ao comprometimento do rendimento das famílias com as dívidas, observamos que cerca de **47,7% têm entre 11% e 50% do rendimento afetado** por essas obrigações financeiras. Já outros **43% destinam até 10% do seu rendimento** para o pagamento das dívidas.

De acordo com **José Aparecido Freire**, presidente do Sistema Fecomércio-DF, acredita-se que essa redução geral no índice de endividamento se deve à melhoria na renda familiar em consequência da diminuição da inflação e dos níveis de desemprego. Além disso, os programas de renegociação de dívidas implementados pelos bancos na segunda metade do mês passado, juntamente com as altas taxas de juros nos cartões de crédito, exerceram um efeito inibidor.

No entanto, o aumento na inadimplência e na incapacidade de pagamento pode ser atribuído ao fato de que **51,3% das famílias possuem dívidas a curto prazo**, em torno de seis meses. Essa situação pode sofrer alterações com programas como o **Desenrola Brasil** do Governo Federal e as novas trajetórias das taxas de juros resultantes das reduções na taxa SELIC, que tiveram início em agosto com uma diminuição de 0,5 pontos percentuais.

No ranking de endividamento familiar no âmbito nacional, o Distrito Federal ocupa a décima quarta posição. O estado do **Rio Grande do Sul lidera a lista com 96,3%**, enquanto **Mato Grosso do Sul possui o menor índice (59%)**.

Esses dados são provenientes da **Pesquisa Nacional sobre Endividamento do Consumidor e Inadimplência (Peic)**, realizada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. A pesquisa abrange todas as capitais estaduais e o Distrito Federal, envolvendo cerca de 18 mil consumidores e monitorando indicadores importantes relacionados ao endividamento e à inadimplência.

Resumo da Notícia
No mês de julho de 2023, houve uma diminuição de 2,6 pontos percentuais no percentual de famílias endividadas em comparação com junho deste mesmo ano.
24.600 famílias saíram da lista dos endividados na região.
Ao compararmos com julho do ano anterior, a queda é de 9,2 pontos percentuais.
No entanto, houve um aumento no número de famílias com dívidas vencidas em julho, sendo um acréscimo de 12.900 famílias, totalizando 161.000 nessa situação.
Cerca de 8.800 famílias afirmaram não conseguir cumprir suas obrigações financeiras.
50% das famílias endividadas estão nessa situação há mais de 90 dias.
47,7% das famílias têm entre 11% e 50% do rendimento afetado por essas obrigações financeiras.
43% destinam até 10% do seu rendimento para o pagamento das dívidas.
O presidente do Sistema Fecomércio-DF acredita que a redução no índice de endividamento se deve à melhoria na renda familiar, diminuição da inflação, dos níveis de desemprego e programas de renegociação de dívidas.
A inadimplência e a incapacidade de pagamento aumentaram devido ao fato de que 51,3% das famílias possuem dívidas a curto prazo, em torno de seis meses.
O Distrito Federal ocupa a décima quarta posição no ranking de endividamento familiar no âmbito nacional.
O estado do Rio Grande do Sul lidera a lista com 96,3% de endividamento, enquanto Mato Grosso do Sul possui o menor índice (59%).
Esses dados são provenientes da Pesquisa Nacional sobre Endividamento do Consumidor e Inadimplência (Peic), realizada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010.

Com informações do site Fecomércio DF.

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