Ex-delegado-geral da Polícia Civil do DF tem prisão revogada por perseguir ex-companheira

A Justiça revogou a prisão preventiva de Robson Cândido, ex-delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), acusado de perseguir uma ex-companheira. A decisão foi emitida pelo Tribunal do Distrito Federal na quarta-feira (29/11), determinando que o ex-delegado utilize um dispositivo eletrônico no tornozelo como medida cautelar.

Robson Cândido foi preso em 4 de novembro durante uma operação realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), sob a acusação de utilizar recursos policiais para assediar a mulher com quem tinha um relacionamento. As investigações apontaram que ele teria perseguido a vítima utilizando veículos oficiais da PCDF.

A revogação da prisão preventiva foi concedida pelo relator do caso na 3ª Câmara Penal do Tribunal do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Waldir Leôncio Cordeiro Lopes Júnior, após um pedido feito pelo advogado de defesa, Cleber Lopes. O juiz considerou que, com base na denúncia da vítima e na aposentadoria de Robson, não há mais um perigo real para sua liberdade, uma vez que ele não possui mais acesso aos recursos policiais para perseguir a mulher.

O MPDFT apresentou provas, como registros da PCDF, que comprovam a perseguição realizada por Robson utilizando veículos policiais oficiais. Por outro lado, a defesa enfatiza que a decisão está de acordo com precedentes judiciais e ressalta que a prisão preventiva é uma medida excepcional, considerando as alternativas legais disponíveis.

A vítima denunciou o assédio por meio de vídeos e documentou incidentes nos quais Robson a seguia em veículos da PCDF. A acusação também inclui o uso indevido do telefone da mulher em uma investigação sobre tráfico de drogas, com o intuito de monitorá-la. Os vídeos revelados em novembro mostram episódios de perseguição veicular e até mesmo entrada não autorizada na residência da vítima.

Nos próximos passos do processo, Robson Cândido enfrentará acusações por assédio persistente e interceptação ilegal de telefone. Os promotores alegam que ele continuou utilizando recursos restritos de segurança mesmo após deixar seu cargo como chefe da PCDF. O desenvolvimento do processo continuará esclarecendo os detalhes e implicações dessa situação legal controversa.

DataDecisãoDetalhes
29/11Decisão provisóriaRobson Cândido é liberado da custódia com uso de dispositivo eletrônico no tornozelo
4/11PrisãoRobson Cândido é preso durante operação do MPDFT
AcusaçõesAssédio persistente e interceptação ilegal de telefone
DenúnciaVítima documenta perseguição e uso indevido de recursos policiais
DefesaAdvogado alega que a prisão preventiva é uma medida excepcional

Com informações do site G1.

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