A Força Aérea Brasileira se recusa a compartilhar dados de voos do crime organizado na Amazônia

A Força Aérea Brasileira (FAB) recentemente tomou a decisão de não compartilhar informações sobre voos relacionados ao crime organizado na região amazônica com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Essa escolha tem consequências significativas para o combate aos crimes na região.

Embora tenha confirmado a existência de um banco de dados que registra esses voos ilegais, a FAB optou por não compartilhar essas informações com outras instituições encarregadas de investigar atividades criminosas na Amazônia, como tráfico de drogas, crimes ambientais e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República manifestaram sua insatisfação diante da recusa da FAB em cooperar.

Esses voos ilegais são caracterizados por aviões sem planos de voo ou viagens não autorizadas, também conhecidos como UAD (tráfego aéreo desconhecido). Eles estão relacionados a diversas atividades criminosas na região amazônica.

A FAB argumenta que os registros desses voos são destinados apenas para uso interno, em apoio às atividades de inteligência e vigilância do espaço aéreo. No entanto, essa falta de compartilhamento das informações tem gerado críticas por parte das autoridades policiais, promotores e especialistas. Eles ressaltam a importância do acesso aos dados para fortalecer a luta contra os crimes na região, inclusive em territórios yanomamis afetados pela mineração ilegal.

É importante mencionar que tanto a FAB quanto a Polícia Federal e o Ministério Público Federal fazem parte do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), coordenado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O Plano Nacional de Inteligência, que estabelece as diretrizes do Sisbin, prevê a troca de informações entre as autoridades competentes. Além disso, um decreto recente, o Decreto 11.693, reforça a obrigação dos membros do Sisbin em compartilhar dados e informações.

Diante das críticas, a FAB defendeu a eficácia do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra) na Amazônia, destacando o papel dos radares terrestres e aviões-radar. No entanto, não elucidou os critérios utilizados para decidir se devem agir imediatamente diante de uma aeronave sem plano de voo ou se devem manter as informações para uma ação posterior.

Essa postura da FAB levanta questionamentos sobre transparência e colaboração dentro das instituições responsáveis pelo combate aos crimes na região amazônica. A falta de compartilhamento das informações pode prejudicar operações e investigações em andamento. É fundamental que as autoridades envolvidas encontrem um equilíbrio entre segurança interna e cooperação externa para combater efetivamente o crime organizado na Amazônia brasileira.

Resumo da Notícia
A Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu não compartilhar informações sobre voos relacionados ao crime organizado na Amazônia com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A recusa da FAB em cooperar tem consequências significativas para o combate aos crimes na região.
Esses voos ilegais estão relacionados a diversas atividades criminosas na Amazônia, como tráfico de drogas, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.
A FAB argumenta que os registros desses voos são destinados apenas para uso interno, em apoio às atividades de inteligência e vigilância do espaço aéreo.
A falta de compartilhamento das informações tem gerado críticas por parte das autoridades policiais, promotores e especialistas.
É fundamental que as autoridades encontrem um equilíbrio entre segurança interna e cooperação externa para combater efetivamente o crime organizado na Amazônia brasileira.

Com informações do site Força Aérea

A Força Aérea informou que não irá compartilhar com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) os dados de voos do crime organizado na Amazônia. Essa decisão pode trazer consequências significativas para o combate ao crime na região.

A falta de cooperação entre as instituições pode dificultar a identificação de rotas utilizadas por traficantes e contrabandistas, comprometendo as operações de combate ao crime organizado na Amazônia. Além disso, a ausência dessas informações pode prejudicar investigações em andamento e dificultar a responsabilização dos envolvidos.

É importante ressaltar que a colaboração entre as forças de segurança é fundamental para combater efetivamente o crime e proteger a Amazônia. A falta de compartilhamento de dados entre a Força Aérea, PF e MPF pode representar um obstáculo significativo nesse sentido.

A sociedade espera que todas as instituições trabalhem juntas para garantir a segurança da região amazônica, combatendo o crime organizado e preservando o patrimônio natural brasileiro. O diálogo e a cooperação são essenciais para alcançar esse

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