A reforma tributária tem sido um tema muito discutido nos últimos meses no cenário político e empresarial do Brasil. Com a promessa de simplificar o sistema tributário e reduzir a carga fiscal, a reforma pode trazer impactos significativos para a folha de pagamento de empresas e trabalhadores. Neste artigo, vamos explorar as mudanças que estão sendo discutidas e como elas podem afetar a sua rotina financeira. Fique por dentro das discussões e saiba o que esperar da reforma tributária em andamento.
Governo avalia revisão das regras de tributação sobre a folha de pagamento na reforma tributária
O governo está estudando a possibilidade de incluir mudanças na tributação sobre a folha de pagamento na reforma tributária. O objetivo é desonerar pelo menos o primeiro salário mínimo para formalizar trabalhadores, principalmente aqueles de baixa renda, que não têm carteira assinada e não contribuem à Previdência.
Atualmente, os empregadores pagam alíquotas de 20% sobre os salários para financiar a Previdência Social, além de contribuições para o Sistema S e o salário educação. A tributação acima do primeiro salário mínimo poderia ser mais progressiva para compensar a perda de arrecadação com a desoneração sobre o menor salário. Uma das opções seria cobrar 10% do trabalhador e 20% das empresas nessa situação, admitindo-se elevar as alíquotas a 11% e 22%, respectivamente, em caso de necessidade fiscal.
A desoneração do primeiro salário costuma ser defendida por seu potencial de abrangência. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento médio dos brasileiros fechou 2022 em R$ 2.808 mensais. Para empregados do setor privado sem carteira assinada, esse valor é de R$ 1.852 (o equivalente a 1,4 salário mínimo).
No entanto, o tema ainda precisará ser tratado em debates internos e não há uma proposta fechada dentro do governo. Integrantes do governo ouvidos pela Reuters afirmam que o Executivo vai colocar o tema em discussão em algum momento e pode lançar a proposta em conjunto com as alterações no Imposto de Renda.
O assunto é delicado, uma vez que a contribuição previdenciária é uma grande fonte de arrecadação para a União (R$ 564,7 bilhões no ano passado). Qualquer mudança pode ter impacto bilionário, cuja reposição não é simples.
A política de desoneração dos salários foi instituída originalmente no governo Dilma Rousseff (PT) e chegou a alcançar 56 setores, mas passou a ser enxugada diante dos sinais de que a eficácia de uma desoneração setorial vinha sendo baixa. No ano passado, a Receita Federal renunciou a R$ 9,2 bilhões devido à política de desoneração dos salários.
Ainda que existam sugestões para compensar essa desoneração com uma maior cobrança no Imposto de Renda, é importante lembrar que qualquer mudança na tributação sobre a folha de pagamento precisa ser cuidadosamente avaliada para não prejudicar ainda mais os trabalhadores brasileiros.
Em resumo, o governo está estudando mudanças na tributação sobre a folha de pagamento na reforma tributária para formalizar trabalhadores, principalmente aqueles de baixa renda. Ainda não há uma proposta fechada dentro do governo e qualquer mudança pode ter impacto bilionário na arrecadação da União. A política de desoneração dos salários já foi instituída anteriormente, mas precisa ser avaliada cuidadosamente para garantir que não prejudique ainda mais os trabalhadores brasileiros.
Proposta de desoneração do primeiro salário mínimo na reforma tributária
Características da Lenda | Dados Únicos do Texto | Importância |
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Governo estuda mudanças na tributação sobre a folha de pagamento na reforma tributária | O governo está avaliando a possibilidade de desonerar pelo menos o primeiro salário mínimo para formalizar trabalhadores de baixa renda sem carteira assinada e que não contribuem à Previdência. | A mudança pode beneficiar trabalhadores de baixa renda e formalizar empregos informais. |
Tributação atual sobre a folha de pagamento | Os empregadores pagam alíquotas de 20% sobre os salários para financiar a Previdência Social, além de contribuições para o Sistema S e o salário educação. | A tributação atual pode ser um obstáculo para a formalização de trabalhadores de baixa renda. |
Desoneração do primeiro salário mínimo | A desoneração do primeiro salário mínimo pode ser mais progressiva para compensar a perda de arrecadação com a desoneração sobre o menor salário. Uma das opções seria cobrar 10% do trabalhador e 20% das empresas nessa situação. | A desoneração do primeiro salário mínimo pode beneficiar trabalhadores de baixa renda e formalizar empregos informais. |
Política de desoneração dos salários | A política de desoneração dos salários foi instituída originalmente no governo Dilma Rousseff (PT) e chegou a alcançar 56 setores, mas passou a ser enxugada diante dos sinais de que a eficácia de uma desoneração setorial vinha sendo baixa. | A política de desoneração dos salários já foi instituída anteriormente, mas precisa ser avaliada cuidadosamente para garantir que não prejudique ainda mais os trabalhadores brasileiros. |
Impacto bilionário na arrecadação da União | Qualquer mudança pode ter impacto bilionário, cuja reposição não é simples. No ano passado, a Receita Federal renunciou a R$ 9,2 bilhões devido à política de desoneração dos salários. | Qualquer mudança na tributação sobre a folha de pagamento precisa ser cuidadosamente avaliada para não prejudicar ainda mais os trabalhadores brasileiros. |
Proposta em conjunto com as alterações no Imposto de Renda | O governo pode lançar a proposta em conjunto com as alterações no Imposto de Renda. | A proposta pode ser apresentada em conjunto com outras mudanças tributárias, o que pode facilitar sua aprovação. |
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