Ministro da Economia destaca importância de solução para altas taxas de juros no cartão de crédito rotativo

O Ministro da Economia, Fernando Haddad, ressaltou a necessidade de encontrar uma solução para os problemas relacionados às altas taxas de juros cobradas no cartão de crédito rotativo. Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, Haddad destacou a importância de proteger os consumidores sem prejudicar o comércio varejista.

No último dia 11, durante a entrevista, o ministro concordou com a afirmação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que defendeu o fim do cartão de crédito rotativo. Haddad ressaltou que as taxas mensais compostas de **15%** são inviáveis e que é necessário garantir alguma forma de proteção às pessoas que contraíram dívidas nessa modalidade.

No entanto, Haddad enfatizou a importância de considerar o comércio varejista, que realiza muitas vendas parceladas sem juros com cartões de crédito. Embora tenha reiterado sua defesa por uma solução que atenda a ambos os objetivos, o ministro não entrou em detalhes sobre possíveis formas de conciliar as demandas dos consumidores e dos representantes do comércio.

Haddad informou que estabeleceu um prazo de **60 dias** para resolver o problema do cartão de crédito rotativo. Ele ressaltou como essa modalidade afeta significativamente a vida das pessoas e mencionou que as compras parceladas sem juros representam atualmente mais de **70%** das transações comerciais. O ministro enfatizou a necessidade de ter cuidado para não afetar as compras no comércio durante a busca por uma solução.

O ministro destacou que as discussões sobre o tema estão ocorrendo em um grupo de trabalho composto por representantes do Ministério da Economia, Banco Central, Febraban e IDV. Haddad mencionou também que o Congresso Nacional tem demonstrado sensibilidade em relação ao assunto.

Durante a entrevista, Haddad ressaltou a importância de resolver esse problema do crédito rotativo, citando os juros compostos de **15%** mensais, que se traduzem em uma taxa anual superior a **400%**. Ele observou que é injusto que pessoas que tiveram imprevistos acabem pagando juros tão elevados, enquanto aqueles que pagam suas contas em dia não devem ser prejudicados.

Quando questionado sobre a ideia de limitar o número de parcelas para compras realizadas a prazo, medida criticada pelo comércio varejista, Haddad afirmou que ainda não foi apresentada nenhuma proposta formal pelos bancos. Ele ressaltou a importância dos dados serem apresentados para chegarem a um consenso, sem prejudicar o comércio ou as famílias que dependem das parcelas sem juros para equilibrar seu orçamento mensal.

Em suma, o Ministro da Economia defende a busca por uma solução para o problema das altas taxas de juros cobradas no cartão de crédito rotativo. Ele reconhece a necessidade de proteger os consumidores e garantir um equilíbrio entre as demandas do comércio varejista. Haddad estabeleceu um prazo de **60 dias** para resolver a questão e ressaltou a importância das discussões em andamento, tanto no grupo de trabalho quanto no Congresso Nacional. O objetivo é encontrar uma solução que não prejudique as compras no comércio nem gere impactos negativos aos consumidores.

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Com informações do site InfoMoney.

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