ONU acusa Hamas e Israel de cometerem transgressões de guerra

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, tanto o grupo extremista islâmico Hamas quanto Israel cometeram transgressões de guerra desde o início do conflito em 7 de outubro. O Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, declarou que as ações dos grupos armados palestinos foram **repugnantes, brutais e chocantes**, caracterizando-as como crimes de guerra. Além disso, ele condenou o **castigo coletivo infligido aos civis palestinos por Israel**, bem como a evacuação forçada e ilegal de civis.

Em seu comunicado, Türk pediu o **fim imediato da guerra entre o Hamas e Israel**. Ele instou ambas as partes a concordarem com um cessar-fogo baseado em três imperativos dos direitos humanos: **fornecer ajuda a Gaza, libertar os reféns pelo Hamas e implementar uma solução duradoura para a ocupação** que esteja de acordo com os direitos dos palestinos e israelenses à autodeterminação e segurança.

Apesar das acusações feitas ao exército israelense pelos crimes de guerra, as autoridades militares argumentaram que seus ataques são conduzidos conforme o direito internacional e têm como objetivo minimizar as baixas civis. Eles afirmaram que os ataques às alvos militares do Hamas seguem as disposições relevantes do direito internacional, incluindo a tomada de precauções factíveis para evitar danos excessivos aos civis ou propriedades civis.

Volker Türk fez essas declarações após visitar a passagem de Rafah, a única que não é controlada por Israel, na fronteira entre Gaza e Egito. Ele destacou que esta passagem tem sido crucial para permitir a entrada limitada de ajuda humanitária e a saída de cidadãos gravemente feridos. Türk apontou que a passagem de Rafah é um **salva-vidas simbólico** para mais de 2 milhões de pessoas em Gaza, mas enfatizou que este “salva-vidas” tem sido insuficiente e injusto.

Desde o início do conflito, houve um êxodo crescente de palestinos fugindo dos combates e buscando refúgio no sul do território. As Forças de Defesa de Israel (FDI) pediram repetidamente aos civis que se movessem para essa região, abrindo corredores de evacuação diários para garantir sua segurança. No entanto, a crise resultou em deslocamentos em massa e uma grave escassez de alimentos, água, combustível e suprimentos médicos na região.

Em suma, o conflito entre Hamas e Israel tem gerado graves violações dos direitos humanos nos dois lados. A ONU está instando ambas as partes a chegarem a um acordo de **cessar-fogo urgente**, para garantir a entrega adequada de ajuda humanitária à população afetada e buscar uma solução duradoura para a ocupação que respeite os direitos e interesses legítimos tanto dos palestinos quanto dos israelenses.

Resumo da Notícia
O conflito entre Hamas e Israel tem gerado graves violações dos direitos humanos nos dois lados.
O grupo extremista islâmico Hamas e Israel cometeram transgressões de guerra desde o início do conflito.
As ações dos grupos armados palestinos foram caracterizadas como crimes de guerra.
O castigo coletivo infligido aos civis palestinos por Israel e a evacuação forçada e ilegal de civis foram condenados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu o fim imediato da guerra e um cessar-fogo baseado em três imperativos dos direitos humanos.
O exército israelense argumentou que seus ataques são conduzidos conforme o direito internacional e têm como objetivo minimizar as baixas civis.
A passagem de Rafah na fronteira entre Gaza e Egito tem sido crucial para permitir a entrada limitada de ajuda humanitária e a saída de cidadãos gravemente feridos.
O êxodo crescente de palestinos em busca de refúgio no sul do território resultou em deslocamentos em massa e escassez de alimentos, água, combustível e suprimentos médicos.
A ONU está instando ambas as partes a chegarem a um acordo de cessar-fogo urgente e buscar uma solução duradoura para a ocupação que respeite os direitos e interesses legítimos dos palestinos e israelenses.

Com informações do site Al Jazeera.

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