O INSS utiliza inteligência artificial para agilizar processos de aposentadorias e benefícios
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem implementado o uso de inteligência artificial desde 2017 com o objetivo de agilizar o processo de tomada de decisões relacionadas a aposentadorias, pensões e benefícios. O aplicativo Central de Serviços, agora chamado MeuINSS, utiliza um algoritmo para analisar dados e informações. Nos últimos dois anos, a análise automatizada aumentou de 17% para 23%, e espera-se que alcance 50% até 2026.
A inteligência artificial é responsável por aproximadamente um terço das solicitações recebidas pelo instituto. Esse sistema automatizado acelera o processo em questão de segundos ao verificar informações como tempo de contribuição. Essa rapidez é especialmente benéfica considerando que há cerca de 1,7 milhão de pessoas aguardando sua aposentadoria enquanto a fila para análise das demandas pendentes chega a aproximadamente 7,6 milhões.
No passado, todos os documentos eram analisados manualmente para verificar conexões e cada etapa da solicitação era realizada através de sistemas separados. Hoje em dia, as plataformas foram integradas e o CPF é utilizado como identificador único para coletar informações dos contribuintes. Essa integração foi destacada como uma das melhorias pelo Diretor de Tecnologia da Informação do INSS, Ailton Nunes.
Porém, apesar dos benefícios proporcionados pela inteligência artificial, existem algumas falhas a serem consideradas. Uma delas é a falta de alfabetização digital entre os idosos brasileiros, pois é necessário escanear documentos para fazer as solicitações. Atualmente, as solicitações de aposentadoria são realizadas através do aplicativo MeuINSS ou do site, enquanto as agências apenas respondem perguntas e fazem avaliações.
Além disso, especialistas indicam que o sucesso do processo depende da inserção correta das informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Erros nesse cadastro podem levar o sistema a negar benefícios, obrigando os trabalhadores a passarem por um processo de prova para corrigir as informações. Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), ressalta que seria importante que o sistema identificasse erros específicos antes de negar os benefícios, encaminhando a solicitação para uma revisão humana.
É importante destacar que nem todos os registros estão digitalizados e alguns também não estão nos sistemas. No entanto, o INSS afirma que sua inteligência artificial mantém uma taxa histórica de aprovação considerável, atendendo metade das solicitações na fase inicial. Portanto, embora haja desafios a serem superados, o uso da inteligência artificial no INSS tem trazido avanços significativos ao processo de tomada de decisões sobre aposentadoria e benefícios.
Relatório: Uso de Inteligência Artificial no INSS para Decisões de Aposentadoria e Benefícios |
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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem implementado o uso de inteligência artificial desde 2017 com o objetivo de agilizar o processo de tomada de decisões relacionadas a aposentadorias, pensões e benefícios. |
O aplicativo Central de Serviços, agora chamado MeuINSS, utiliza um algoritmo para analisar dados e informações. |
A análise automatizada aumentou de 17% para 23% nos últimos dois anos e espera-se que alcance 50% até 2026. |
A inteligência artificial é responsável por aproximadamente um terço das solicitações recebidas pelo instituto. |
O sistema automatizado acelera o processo em questão de segundos ao verificar informações como tempo de contribuição. |
A fila para análise das demandas pendentes chega a aproximadamente 7,6 milhões. |
As plataformas foram integradas e o CPF é utilizado como identificador único para coletar informações dos contribuintes. |
A falta de alfabetização digital entre os idosos brasileiros é uma falha a ser considerada. |
Atualmente, as solicitações de aposentadoria são realizadas através do aplicativo MeuINSS ou do site. |
Especialistas indicam que o sucesso do processo depende da inserção correta das informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). |
Erros nesse cadastro podem levar o sistema a negar benefícios, obrigando os trabalhadores a passarem por um processo de prova para corrigir as informações. |
O INSS afirma que sua inteligência artificial mantém uma taxa histórica de aprovação considerável, atendendo metade das solicitações na fase inicial. |
Com informações do site Giz Brasil.