O Comitê de Política Monetária (Copom) reduz a taxa Selic para 13,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tomou uma decisão importante em relação à taxa de juros no Brasil. No dia 2 de agosto, a taxa Selic foi reduzida em 0,50 pontos percentuais, indo de 13,75% ao ano para 13,25%. Essa é a primeira redução desde agosto de 2020 e foi resultado das disputas entre o governo e o presidente do Banco Central em relação aos impactos das taxas de juros na economia do país.
Essa diminuição foi maior do que a maioria dos especialistas esperava. Nas últimas semanas, houve uma crescente aposta nessa redução mais expressiva devido ao enfraquecimento econômico e à desaceleração da inflação nos últimos meses. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação passou de 12% acumulados nos últimos 12 meses até abril de 2022 para 3,16% em junho deste ano.
A taxa Selic é uma ferramenta fundamental para controlar a inflação. Ela influencia todas as outras taxas praticadas no mercado. Quando ela sobe, fica mais caro para famílias e empresas pedirem dinheiro emprestado para consumo e investimento. Já quando ela cai, espera-se que ocorra o contrário.
Analistas preveem novas reduções da taxa Selic nos próximos meses
Alguns analistas já preveem que a taxa Selic continue diminuindo gradualmente nos próximos meses, chegando a 12% até o final deste ano. As expectativas também indicam que ela possa alcançar valores como 9,25% até dezembro de 2024, 8,75% em 2025 e 8,5% em 2026, de acordo com o boletim Focus do Banco Central.
Todavia, como essa redução da taxa Selic irá afetar o crédito utilizado pelos consumidores? Consultamos cinco especialistas para responder a essa pergunta e trazer todas as informações necessárias.
Impacto da redução da Selic no crédito utilizado pelos consumidores
De acordo com a Associação Nacional dos Executivos Financeiros (Anefac), a redução da Selic terá um impacto muito pequeno nas principais modalidades de crédito utilizadas pelos brasileiros. Miguel José Ribeiro de Oliveira, Diretor Executivo de Estudos Econômicos e Pesquisas na Anefac, explica que isso ocorre porque existe uma diferença considerável entre a Selic e as taxas de juros cobradas dos consumidores. Enquanto a Selic estava em 13,75%, a taxa média de juros nas operações de crédito era de 126,2% ao ano em julho.
Agora, com a Selic em 13,25%, espera-se que essa taxa média caia ligeiramente para 125,2%, o que é praticamente insignificante. Dessa forma, os especialistas sugerem que não haverá uma queda expressiva nos juros cobrados das pessoas.
Essa análise revela que apesar das reduções na Selic nos últimos dois anos, as taxas de juros no Brasil ainda permanecem relativamente altas. Isso levanta questionamentos sobre por que as taxas não devem cair abaixo de 10%. Esses e outros aspectos serão abordados ao longo desse relatório para fornecer aos leitores uma visão completa sobre este assunto importante para a economia brasileira.
Data | Decisão | Impacto no crédito |
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2 de agosto | Redução da taxa Selic em 0,50 pontos percentuais | Impacto pequeno nas taxas de juros cobradas dos consumidores |
Expectativas futuras | Redução gradual da taxa Selic nos próximos meses | Previsão de queda nas taxas de juros até 2026 |
Comparação com a Selic | Taxa média de juros nas operações de crédito era de 126,2% ao ano em julho | Espera-se uma queda ligeira para 125,2% após a redução da Selic |
Taxas de juros no Brasil | Taxas ainda permanecem relativamente altas, levantando questionamentos sobre a queda abaixo de 10% | Aspectos serão abordados para fornecer uma visão completa sobre o assunto |
Com informações do site BBC News Brasil.