Novo documentário revela mistério do desaparecimento de Amarildo

Documentário sobre a morte e desaparecimento de Amarildo se torna febre entre os apaixonados por ‘true crime’

Onde está Amarildo? É o nome do documentário que está conquistando os fãs do gênero “true crime”. Produzido pela equipe de jornalismo da Globo, o objetivo desse trabalho minucioso é investigar o desaparecimento do operário Amarildo de Souza, um evento misterioso que permanece sem respostas após dez anos. Com lançamento marcado para sexta-feira, 14 de julho, no Globoplay, o documentário conta com depoimentos exclusivos de duas testemunhas anteriormente não ouvidas pelo tribunal e material inédito sobre as investigações.

Os cineastas responsáveis buscam reconstruir meticulosamente os últimos momentos da vida de Amarildo. Ao combinar esses fragmentos com relatos de testemunhas e acusados durante o julgamento em 2016, uma nova perspectiva surge sobre esse caso que abalou o país. O diretor executivo do Globo Jornalismo, Ricardo Villela, enfatiza a importância desse projeto afirmando que essa história ainda não havia sido contada em detalhes.

O desaparecimento de Amarildo, um cidadão comum que residia na favela da Rocinha no Rio de Janeiro, teve repercussões significativas na sociedade brasileira. E apesar das investigações e do tempo transcorrido, a pergunta “Onde está Amarildo?” permanece sem resposta. Ao abordar temas como violência policial, preconceito e direitos humanos no Brasil, esse questionamento ultrapassou fronteiras e gerou debates ao redor do mundo.

Para contar essa história impactante, o documentário contou com a participação de atores do Instituto Arteiros, da favela Cidade de Deus, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esses atores recriaram os eventos da noite em que Amarildo desapareceu com base nos depoimentos coletados. A direção do documentário ficou a cargo de Rafael Norton, que trabalhou em parceria com a produtora Clarissa Cavalcanti, e o roteiro foi escrito por Andrey Frasson e João Rocha. A cinematografia é assinada por Daniel Torres e Eulym Ferreira contribuiu para as investigações.

A tarefa mais desafiadora para a equipe foi transformar os depoimentos gravados rudimentarmente na sala do tribunal em um roteiro cinematográfico coeso. Ao perceberem que essas declarações continham uma história complexa, repleta de sentimentos, contradições e reviravoltas, as cenas recriadas acrescentaram camadas adicionais de intensidade emocional ao documentário. Segundo o cineasta Daniel Torres, essa experiência foi nova e extremamente intensa para toda a equipe envolvida.

Mesmo uma década após o desaparecimento de Amarildo, a ausência de respostas ainda causa indignação nos dias atuais. É essa indignação que o documentário “Onde está Amarildo?” procura transmitir ao público. Sua abordagem detalhada e exclusiva sobre esse caso misterioso certamente irá cativar os interessados em histórias verídicas que cercam crimes inexplicáveis.

Com informações do site UOL