Tribunal de apelações dos EUA permite reinício do processo de abuso sexual contra empresas de Michael Jackson
O tribunal de apelações dos Estados Unidos tomou uma decisão importante que permite que dois indivíduos reiniciem um processo contra as empresas do falecido artista Michael Jackson, alegando terem sido vítimas de abuso sexual infantil.
Wade Robson e James Safechuck, ambos na faixa dos 40 anos, afirmam ter sofrido abusos por parte do cantor durante suas infâncias. Agora, eles têm permissão para avançar com as ações legais que haviam sido anteriormente bloqueadas contra as empresas de Michael Jackson. Os demandantes argumentam que essas empresas tinham a responsabilidade de protegê-los.
Os representantes legais do falecido artista reiteram sua inocência. No entanto, os dois indivíduos insistem que foram vítimas de abuso cometido por Jackson nos anos 80 e 90, quando eram crianças e visitavam sua propriedade chamada Neverland.
Tais acusações foram retratadas no documentário “Leaving Neverland”. A família de Michael Jackson considerou o documentário um “linchamento público”. Em 2020, um juiz em Los Angeles decidiu que Safechuck não tinha o direito de processar as empresas do artista com base no argumento de que essas empresas não tinham a obrigação legal de protegê-lo. Um ano depois, o mesmo juiz decidiu contra Robson pelos mesmos motivos. No entanto, na sexta-feira passada, um tribunal de apelações na Califórnia discordou dessa perspectiva, afirmando que “uma empresa que facilita abuso sexual infantil por parte de um de seus funcionários não pode ser isenta da responsabilidade de proteger essas crianças apenas pelo fato de o abusador ser o único acionista. Seria injusto ignorar tal responsabilidade com base na empresa ré, que possui apenas um acionista. Portanto, revogamos as decisões a favor das empresas”.
O advogado de Safechuck e Robson, Vince Finaldi, afirmou que o tribunal reverteu decisões anteriores que eram “equivocadas nesses casos, indo contra a lei da Califórnia e estabelecendo um precedente perigoso que colocaria as crianças em risco”. Por outro lado, Jonathan Steinsapir, advogado representante do espólio de Jackson, expressou “total confiança” na inocência do cantor, afirmando que as acusações são “contraditórias a todas as evidências críveis e independentemente corroboradas”.
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| Tribunal de Apelações permite reinício de processo contra empresas de Michael Jackson |
| Wade Robson e James Safechuck alegam ter sido vítimas de abuso sexual infantil pelo cantor |
| Empresas do falecido artista são responsabilizadas por facilitar o abuso |
| Decisões anteriores que bloqueavam os processos foram revertidas pelo tribunal de apelações |
| Família de Michael Jackson considera as acusações um “linchamento público” |
| Advogados de Robson e Safechuck afirmam que as decisões anteriores eram equivocadas |
| Advogado do espólio de Jackson expressa confiança na inocência do cantor |
Com informações do site G1.