46% dos consumidores não confiam em publicidade voltada à sustentabilidade

No último dia 8, durante o 10º Congresso Abep, a Kantar lançou a pesquisa intitulada “Quem se Importa? Quem o Faz?”. Esse estudo revela dados bastante interessantes sobre os consumidores e sua relação com a sustentabilidade.

De acordo com os resultados obtidos, os consumidores podem ser divididos em três categorias principais: os Eco-Ativos, que são aqueles preocupados com o meio ambiente e que estão tomando medidas concretas para reduzir resíduos; os Eco-Considerados, que também possuem uma preocupação ambiental, porém não tomam tantas atitudes nesse sentido; e os Eco-Ignorantes, que demonstram pouco ou nenhum interesse pelo meio ambiente e não adotam medidas de sustentabilidade.

Uma informação alarmante é que, pela primeira vez, observou-se um aumento dos Eco-Ignorantes em nível global, enquanto o número de Eco-Ativos diminuiu. No entanto, o Brasil se encontra abaixo da média mundial e possui uma parcela reduzida de consumidores engajados com a sustentabilidade.

O estudo também aponta uma correlação entre economia e consumo consciente. No Brasil, por exemplo, a inflação nos preços dos alimentos tem levado as famílias a gastarem mais em itens perecíveis e básicos. Diante dessa situação econômica desfavorável, muitos consumidores encontram dificuldades em manter práticas sustentáveis.

Um dado interessante é que 25% dos compradores já compreendem que a responsabilidade pela sustentabilidade recai sobre eles mesmos. Ao mesmo tempo, nota-se que apenas fornecer produtos sustentáveis não é o bastante; é necessário investir em educação para os consumidores. Mais de 30% das pessoas têm dificuldades em saber o que podem reciclar em casa e mais de 40% não entendem os rótulos de reciclagem nas embalagens.

A pesquisa também revela que quase metade dos consumidores desconfia das ações publicitárias focadas na sustentabilidade, considerando-as apenas como estratégias de marketing. No entanto, algumas marcas conseguem se destacar nesse cenário, como Natura, Ypê, Omo, Coca-Cola e O Boticário, que são lembradas pelos consumidores.

Para os varejistas, o desafio é ainda maior, uma vez que muitos consumidores não compreendem o papel desses estabelecimentos na promoção da sustentabilidade.

Diante dos dados apresentados por “Quem se Importa? Quem o Faz?”, fica evidente que as marcas associadas aos Eco-Ativos estão crescendo até 7 vezes mais rápido do que a média. Portanto, é crucial que as marcas continuem se comprometendo com a sustentabilidade para aproveitar esse potencial de crescimento.

Resumo da Notícia
No último dia 8, a Kantar lançou a pesquisa “Quem se Importa? Quem o Faz?” durante o 10º Congresso Abep.
A pesquisa revela que os consumidores podem ser divididos em três categorias principais: Eco-Ativos, Eco-Considerados e Eco-Ignorantes.
Houve um aumento global dos Eco-Ignorantes, mas o Brasil está abaixo da média mundial.
A inflação nos preços dos alimentos tem dificultado a adoção de práticas sustentáveis pelos consumidores brasileiros.
25% dos compradores já compreendem que a responsabilidade pela sustentabilidade recai sobre eles mesmos.
Mais de 30% das pessoas têm dificuldades em saber o que podem reciclar em casa e mais de 40% não entendem os rótulos de reciclagem nas embalagens.
Quase metade dos consumidores desconfia das ações publicitárias focadas na sustentabilidade.
Algumas marcas, como Natura, Ypê, Omo, Coca-Cola e O Boticário, são lembradas pelos consumidores.
Muitos consumidores não compreendem o papel dos varejistas na promoção da sustentabilidade.
As marcas associadas aos Eco-Ativos estão crescendo até 7 vezes mais rápido do que a média.

Com informações do site propmark.com.br.

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