Peixes ficarão escassos na mesa do consumidor após estiagem histórica

A seca histórica que atinge os rios da Amazônia já está afetando a indústria pesqueira, causando a morte de peixes e dificuldades na reprodução. Essa situação resultará em um aumento no valor de certas espécies no mercado, devido à escassez. O estado do Amazonas é o maior consumidor de peixes do país, o que torna a situação ainda mais preocupante.

O especialista em engenharia pesqueira, Venâncio Silva Freitas, explica que existem dois fenômenos característicos de uma seca intensa que contribuem para essa situação. O primeiro é a morte em massa de milhares de peixes em diferentes áreas da região amazônica. O segundo fenômeno é a reprodução das espécies, que é afetada pela falta de enchentes e chuvas. Esses fatores terão consequências negativas para migração e reprodução dos peixes nos próximos anos.

Devido à seca histórica na região amazônica, espera-se um aumento no preço do peixe, principal alimento consumido pelos habitantes do Amazonas. Isso ocorre porque haverá dificuldades na disponibilidade dessas espécies nos próximos meses.

Atualmente, a região norte do Brasil está sendo afetada pelo fenômeno El Niño, que provoca um aquecimento anormal nas águas do oceano Pacífico. Isso resulta na redução do volume de chuvas e intensificação da seca nos rios da Amazônia. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, espera-se que esse fenômeno continue até abril de 2024.

As espécies mais afetadas pela seca serão o tambaqui, o jaraqui e o aruanã, que são amplamente consumidos na região. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas indica que apenas o tambaqui requer um consumo anual de 400 mil quilogramas em Manaus. Por outro lado, espécies como o bodó, tamuatá, piranha e traíra são menos afetadas pela seca devido à sua capacidade de suportar água quente ou se enterrar na lama para sobreviver.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus prevê perdas significativas para o mercado pesqueiro nos próximos meses como consequência da morte em massa de peixes durante a seca. A entidade enfatiza que os problemas surgirão quando os rios voltarem ao seu nível normal com o início das enchentes fluviais.

Diante desse cenário preocupante, argumenta-se que é necessário revisar o período em que algumas espécies ficam em defeso (período no qual a captura é proibida) para permitir a captura por um tempo maior. Essa medida visa evitar uma escassez ainda maior no mercado pesqueiro.

A seca histórica na Amazônia está causando danos à indústria pesqueira, afetando a disponibilidade e reprodução de peixes. A situação resultará em um aumento no preço das espécies mais consumidas na região. A influência do fenômeno El Niño intensifica esse problema, e as perspectivas para os próximos meses são preocupantes. É fundamental tomar medidas para evitar uma escassez ainda maior e proteger a economia local.

Notícia: Impacto da seca histórica na indústria pesqueira da Amazônia
Introdução:A seca histórica está afetando a indústria pesqueira da Amazônia, causando a morte de peixes e dificuldades na reprodução.
Explicações:Dois fenômenos característicos da seca intensa contribuem para essa situação: morte em massa de peixes e dificuldades na reprodução.
Previsão de aumento no preço do peixe:Devido à seca, espera-se um aumento no preço do peixe, devido à escassez.
Influência do fenômeno El Niño:O fenômeno El Niño intensifica a seca na região amazônica.
Espécies mais afetadas:Tambaqui, jaraqui e aruanã são as espécies mais afetadas pela seca.
Previsão de perdas econômicas:Espera-se perdas significativas para o mercado pesqueiro nos próximos meses.
Proposta para evitar a escassez:Revisar o período de defeso para permitir a captura por mais tempo.
Conclusão:A seca histórica na Amazônia está causando danos à indústria pesqueira, resultando em aumento no preço do peixe e previsão de perdas econômicas. Medidas devem ser tomadas para evitar uma escassez ainda maior.

Com informações do site A Crítica.

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