33 homens são presos em ‘sauna gay’ e Governo de Maduro na Venezuela escancara perseguição
No final de julho, um evento chocou a opinião pública na Venezuela. Um grupo de 33 pessoas foi preso em uma sauna Avalon Club, um banheiro coletivo homossexual. Esse episódio expôs a perseguição enfrentada pela comunidade LGBTQIA+ sob o governo de Nicolás Maduro. Não foi a primeira vez que a polícia interveio em locais frequentados por essa comunidade no país.
Dos detidos, 30 eram clientes da sauna e os outros três eram o proprietário e dois funcionários do estabelecimento. No momento da prisão, eles foram acusados de obscenidade pública, reunião em grupo e perturbação da ordem pública. As imagens dos homens detidos foram compartilhadas nas redes sociais, juntamente com informações sobre sua soropositividade para o HIV.
Após a prisão, os homens compareceram a uma audiência e foram liberados mediante pagamento de fiança. No entanto, eles ainda são obrigados a se apresentarem periodicamente à justiça. O proprietário e os massagistas recentemente presos também foram liberados após pagamento de fiança.
Em entrevista à France-Presse, um dos detidos afirmou que não havia sido informado sobre o motivo de sua prisão no momento em que foi encaminhado para a delegacia. A falta de explicações adequadas gerou preocupação entre os envolvidos.
Mais de 130 organizações não governamentais da Venezuela e do mundo emitiram um apelo conjunto exigindo “justiça e plena liberdade” para os 33 homens presos. Sob o lema “não é crime ser LGBTIQ+”, essas organizações ressaltaram a importância de proteger os direitos e a integridade dos detidos.
Curiosamente, esses não foram os únicos casos de perseguição à comunidade LGBTQIA+ na Venezuela. Desde 2021, ocorreram pelo menos quatro outros incidentes semelhantes em diferentes partes do país, incluindo as capitais Caracas, Maracaibo e Mérida.
A Anistia Internacional se pronunciou sobre o episódio. A organização de direitos humanos destacou que as pessoas LGBTQ+ na Venezuela frequentemente são alvo das forças de segurança e enfrentam prisões arbitrárias, tortura, abuso e até violência sexual.
Diante dessa situação preocupante, um grupo ainda maior de organizações não governamentais enviou uma carta a Nicolás Maduro. Nessa carta, eles solicitam que os processos penais contra os homens detidos sejam abandonados e que sua segurança seja garantida.
A perseguição contra a comunidade LGBTQIA+ na Venezuela evidencia um grave problema de violação dos direitos humanos no país. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a igualdade e a liberdade dessas pessoas, assim como a punição adequada aos responsáveis por tais atos discriminatórios.
Resumo da Notícia |
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No final de julho, um grupo de 33 pessoas foi preso em uma sauna Avalon Club na Venezuela. |
Os detidos foram acusados de obscenidade pública, reunião em grupo e perturbação da ordem pública. |
Após pagamento de fiança, eles foram liberados, mas ainda devem se apresentar periodicamente à justiça. |
Mais de 130 organizações não governamentais emitiram um apelo conjunto exigindo “justiça e plena liberdade” para os detidos. |
A Anistia Internacional destacou que pessoas LGBTQ+ na Venezuela enfrentam prisões arbitrárias, tortura e violência sexual. |
Organizações não governamentais enviaram uma carta a Nicolás Maduro solicitando o abandono dos processos penais contra os detidos. |
Com informações do site O Globo.