Robôs do INSS: Defensoria cobra ‘providências imediatas’ para derrubar limitações

A Defensoria Pública Federal (DPU) está exigindo “ação imediata” do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para resolver a restrição de novos pedidos de benefícios após indeferimentos automáticos. De acordo com a DPU, quando um pedido é indeferido automaticamente, o interessado precisa esperar cerca de 30 dias para fazer um novo pedido no INSS.

Em agosto de 2022, durante uma reunião do Comitê Executivo do Pacto Judicialização Previdenciária, o INSS se comprometeu a eliminar essa restrição. No entanto, um ano depois, a Defensoria Pública constatou que o obstáculo ainda persiste. Por isso, enviaram uma carta ao INSS exigindo que o acordo previamente estabelecido seja cumprido.

A restrição de 30 dias tem afetado especialmente os pedidos de Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e benefícios por maternidade, nos quais pequenos erros no preenchimento dos formulários resultam em indeferimentos automáticos. Isso preocupa a Câmara Coordenadora e Revisora da Previdência Social da DPU, principalmente por seus impactos negativos em grupos mais vulneráveis.

A introdução dos “robôs do INSS” para a avaliação dos pedidos de benefícios tem levado a um grande número de indeferimentos desnecessários, segundo a Defensoria Pública Federal. Essa situação aumenta o potencial de judicialização dos processos, já que o INSS não permite reabertura dos casos para correções necessárias.

Diante disso, a DPU enviou uma carta ao INSS, dando prazo de 15 dias para que o órgão forneça informações sobre as medidas adotadas para eliminar essa restrição nos novos pedidos após indeferimentos automáticos por inteligência artificial.

A reportagem entrou em contato com o INSS solicitando uma resposta sobre o assunto e aguarda posicionamento.

NotíciaResumo
Administração da Seguridade Social enfrenta demanda da DPU para resolver restrição de novos pedidos de benefícios após indeferimentos automáticosA DPU enviou uma carta exigindo “ação imediata” ao INSS referente a essa limitação
INSS havia se comprometido a eliminar tal restrição em agosto de 2022, mas um ano depois a Defensoria Pública constatou que o obstáculo ainda persisteDefensoria Pública exige que o acordo seja cumprido
Restrição de 30 dias tem impactado grupos mais vulneráveis e afetado especialmente os pedidos de BPC para idosos e benefícios por maternidadePequenos erros nos formulários resultam em indeferimentos automáticos
Introdução dos “robôs do INSS” para avaliação dos pedidos tem levado a indeferimentos desnecessários e aumentado o potencial de judicializaçãoINSS não permite reabertura dos casos para correções necessárias
DPU envia carta ao INSS, dando prazo de 15 dias para fornecer informações sobre medidas adotadas para eliminar a restriçãoReportagem aguarda posicionamento do INSS

Com informações do site Terra.

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