Anatel busca consenso entre operadoras de telecomunicações e empresas de tecnologia sobre tráfego de internet móvel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende iniciar discussões com as operadoras de telecomunicações e as grandes empresas de tecnologia para chegar a um consenso sobre o tráfego de internet móvel. As operadoras reclamam que plataformas como WhatsApp, Instagram e X (anteriormente Twitter) aumentaram significativamente a demanda por rede e exigem que elas paguem por isso, mas as empresas se recusam.

Especialistas entrevistados pelo jornal Folha estão preocupados que, no final das contas, sejam os consumidores quem tenham que arcar com esses custos. Eles apontam a falta de investimento em infraestrutura por parte das operadoras como um problema.

Em um evento celebrando os 25 anos de listagem na B3 da Vivo, Christian Gebara, presidente da Telefónica Brasil (proprietária da operadora móvel), mencionou a possibilidade de suspender os pacotes que oferecem WhatsApp e outras redes sociais gratuitamente. Isso é conhecido como “zero rating”, quando o uso dessas plataformas não é descontado do limite de dados contratado. Se isso acontecer, os consumidores teriam que pagar pelo uso dentro do pacote.

Essa declaração surpreendeu muitos no setor, pois implica que seria mais vantajoso para os clientes pagar por algo que antes era gratuito.

As empresas de telecomunicações estão motivadas por problemas econômicos, perdendo receitas para serviços oferecidos pelas próprias plataformas. No entanto, especialistas afirmam que não cabe aos consumidores arcar com essa compensação financeira.

De acordo com a Vivo, em comunicado publicado em fevereiro deste ano, a receita líquida em 2022 foi de R$ 48 bilhões, um aumento de 9,1% em relação ao ano anterior.

A Anatel está monitorando atentamente o tema do “zero rating” e está ciente das declarações das empresas do setor sobre estudos em andamento para eliminar essa prática no mercado móvel. A agência iniciará diálogos com diversos atores interessados em dezembro para obter mais informações sobre o assunto.

É importante ressaltar que a agência também estará atenta a qualquer prejuízo aos consumidores e à concorrência.

Essa disputa entre operadoras e plataformas é global, mas são as operadoras que fornecem o serviço e têm a responsabilidade de investir em infraestrutura. No entanto, no Brasil, onde a telefonia móvel é rentável, há deficiências na infraestrutura. Com o leilão do 5G, espera-se que haja mais investimentos nesse sentido.

O leilão do 5G realizado em novembro de 2021 arrecadou R$ 47,2 bilhões, com quase R$ 40 bilhões sendo destinados a investimentos na expansão da infraestrutura.

Notícia
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja iniciar discussões com as operadoras de telecomunicações e as grandes empresas de tecnologia para chegar a um consenso sobre o tráfego de internet móvel.
As operadoras reclamam que plataformas como WhatsApp, Instagram e X (anteriormente Twitter) aumentaram significativamente a demanda por rede e exigem que elas paguem por isso, mas as empresas se recusam.
Especialistas entrevistados pelo jornal Folha estão preocupados que, no final das contas, sejam os consumidores quem tenham que arcar com esses custos. Eles apontam a falta de investimento em infraestrutura por parte das operadoras como um problema.
Christian Gebara, presidente da Telefónica Brasil, mencionou a possibilidade de suspender os pacotes que oferecem WhatsApp e outras redes sociais gratuitamente, o que implica que seria mais vantajoso para os clientes pagar por algo que antes era gratuito.
As empresas de telecomunicações estão motivadas por problemas econômicos, perdendo receitas para serviços oferecidos pelas próprias plataformas. No entanto, especialistas afirmam que não cabe aos consumidores arcar com essa compensação financeira.
A Anatel está monitorando atentamente o tema do “zero rating” e iniciará diálogos com diversos atores interessados em dezembro para obter mais informações sobre o assunto.
O leilão do 5G realizado em novembro de 2021 arrecadou R$ 47,2 bilhões, com quase R$ 40 bilhões sendo destinados a investimentos na expansão da infraestrutura.

Com informações do site UOL.

Categorizado em: