Tragédia de Jonestown: relembre o caso que vitimou mais de 900 pessoas e chocou o mundo

Em novembro de 1978, um terrível e trágico acontecimento chocou o mundo. Mais de 900 seguidores de um culto liderado pelo famigerado pastor Jim Jones cometeram suicídio coletivo em Jonestown, na remota selva amazônica da Guiana. Esse episódio sombrio foi precedido por outro ato de violência: os membros do culto esfaquearam um grupo de jornalistas que acompanhavam o senador Leo Ryan durante uma visita ao Templo do Povo.

Diante dessa situação alarmante, Lucas Mendes e Henderson Royes, renomados correspondentes da Globo nos Estados Unidos, foram enviados para investigar e obter informações cruciais sobre a tragédia. Entretanto, sua missão não foi bem-sucedida devido à censura imposta pelo Pentágono, a agência de inteligência militar dos Estados Unidos, que limitou a cobertura jornalística.

Lucas Mendes compartilhou sua frustração em seu livro ‘Correspondentes – Histórias e Aventuras por trás das Notícias de Jornalistas Brasileiros ao Redor do Mundo’. Segundo ele, a única possibilidade de chegar a Jonestown era contratando um piloto e um avião. No entanto, foram informados no aeroporto de Georgetown que não tinham permissão para decolar ou se dirigir ao local da tragédia. Essa ordem veio diretamente do Exército estadunidense. Dessa forma, Lucas e Henderson ficaram presos na capital da Guiana e se dedicaram à entrevista dos sobreviventes desse terrível evento.

O cineasta Henderson Royes também expressou sua frustração ao tentar alcançar Jonestown, alugando um avião imediatamente após saber do massacre. No entanto, a cobertura foi vetada pelas autoridades americanas, o que tornou sua missão ainda mais decepcionante. O objetivo dos jornalistas era trazer à tona os acontecimentos daquele trágico dia e mostrar ao mundo a verdadeira dimensão do ocorrido.

Enquanto isso, Hélio Costa, outro correspondente da Globo, participava ativamente da cobertura em Nova York. Ele fornecia atualizações sobre as investigações e apresentava um relato detalhado no programa ‘Fantástico’. Em uma entrevista à Memória Globo, Hélio enfatizou o papel fundamental desempenhado pela equipe de jornalismo da Globo na época, destacando que sua pronta resposta colocou-os em igualdade com as principais redes internacionais.

A TV Globo estava lá no dia seguinte ao terrível assassinato em massa na Guiana liderado por Jim Jones. Esse nível de comprometimento e agilidade nos colocou lado a lado com as grandes redes americanas. Naquele momento crítico, não podíamos contar com ninguém além de nós mesmos para obter as imagens e informações necessárias. Tivemos que estar profundamente envolvidos em todos os aspectos desse evento histórico.

Essa cobertura intensa e dedicada realizada pelos repórteres brasileiros é um testemunho do importante papel desempenhado pelo jornalismo investigativo na divulgação dos fatos e na busca pela verdade mesmo diante de dificuldades e censura impostas pelas autoridades.

NotíciaDataDetalhes
Suicídio coletivo em JonestownNovembro de 1978Mais de 900 seguidores de um culto liderado por Jim Jones cometeram suicídio coletivo em Jonestown, na Guiana
Esfaqueamento de jornalistasNovembro de 1978Membros do culto esfaquearam jornalistas que acompanhavam o senador Leo Ryan durante visita ao Templo do Povo
Censura imposta pelo PentágonoNovembro de 1978Pentágono limitou a cobertura jornalística e impediu a investigação dos correspondentes Lucas Mendes e Henderson Royes
Frustração dos correspondentesNovembro de 1978Lucas Mendes e Henderson Royes não puderam chegar a Jonestown devido à censura e ficaram presos na Guiana
Importância da cobertura da GloboNovembro de 1978Correspondente Hélio Costa destaca o papel fundamental da equipe de jornalismo da Globo na cobertura do evento

Com informações do site G1.

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