INSS automatiza processo de aposentadoria, mas gera preocupações
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adota a automação como parte do processo de aposentadoria, com um robô tomando decisões sobre um terço dos pedidos de benefícios enviados à agência federal. Essa automatização acelera o procedimento, permitindo a aprovação dos pedidos em questão de segundos, desde que atendam aos requisitos necessários.
No entanto, especialistas levantam preocupações sobre esse sistema. O INSS afirma que as taxas de aprovação se mantêm constantes em 50%, mas há questionamentos sobre o fato de o robô rejeitar imediatamente os pedidos por falta de documentação, sem levar em consideração a alta taxa de analfabetismo digital entre os idosos no país. Além disso, a capacidade de fornecer assistência presencial para esclarecer dúvidas tem sido prejudicada pela redução do pessoal do INSS nos últimos anos.
A transição para a automação começou em 2017, com a introdução do aplicativo Central de Serviços e posterior substituição pelo Meu INSS, que se tornou o principal canal de serviço. Atualmente, os pedidos de aposentadoria só podem ser feitos por meio desses canais e de seus sites relacionados. Anteriormente, o processo envolvia análise física de documentos e eram utilizados sistemas separados para cada etapa do pedido.
O objetivo dessa automação não foi apenas modernizar o sistema, mas também lidar com a escassez de funcionários na agência. Entre 2015 e 2020, cerca de 20% da equipe do INSS se aposentou, pois muitos funcionários que ingressaram na década de 1980 optaram por se aposentar devido a um programa de incentivos. O INSS reconhece que a automação tem sido útil para simplificar o procedimento, mas argumenta que ainda é essencial contratar mais funcionários.
A tecnologia é utilizada para cuidar das tarefas simples, permitindo que os problemas mais complexos sejam analisados pelos funcionários. Ainda assim, o INSS enfatiza a necessidade de recursos humanos para lidar com o processo de aposentadoria.
A automação no processo de aposentadoria do INSS acelera o procedimento, mas também gera preocupações relacionadas à falta de assistência presencial e ao analfabetismo digital. Embora seja uma medida importante para enfrentar a escassez de funcionários na agência, é necessário encontrar um equilíbrio entre a automatização e o apoio humano para garantir eficiência e qualidade no atendimento aos trabalhadores brasileiros em sua busca pela aposentadoria.
Resumo da Notícia |
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O INSS no Brasil adotou a automação para acelerar o processo de aposentadoria. |
Um robô toma decisões sobre um terço dos pedidos de benefícios. |
A automação permite aprovação em segundos, desde que os requisitos sejam atendidos. |
Preocupações incluem rejeição imediata por falta de documentação e analfabetismo digital entre os idosos. |
A assistência presencial tem sido prejudicada pela redução do pessoal do INSS. |
A transição para a automação começou em 2017 com o aplicativo Central de Serviços. |
O objetivo é lidar com a escassez de funcionários na agência. |
A tecnologia cuida das tarefas simples, mas recursos humanos ainda são essenciais. |
É necessário encontrar um equilíbrio entre a automatização e o apoio humano. |
Com informações do site DOL – Diário Online.