Confiança dos consumidores cresce, impulsionando vendas do varejo

Recuperação da confiança dos consumidores é lenta mas consistente

No mês em questão, a Pesquisa Comercial traz o índice de automação das empresas GS1 Brasil. Essa pesquisa tem como objetivo mensurar o nível de automação dos processos das empresas, e revelou que o grau de automação nas lojas registrou o menor índice no setor do Comércio e Serviços. Além disso, chama a atenção o gradual aumento da confiança do consumidor, apesar de ainda estar abaixo dos 100 pontos. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança alcançou seu nível mais alto desde janeiro de 2019, registrando 91,6 pontos em julho de 2023. A última vez em que a confiança ultrapassou os 100 pontos foi em setembro de 2022, e nos meses seguintes houve uma queda, reflexo das incertezas no cenário eleitoral.

Ao analisar os componentes do indicador de confiança comercial, observa-se que a avaliação atual da situação superou as expectativas para os próximos meses. Enquanto a avaliação atual obteve 98,0 pontos, as expectativas alcançaram 85,6 pontos.

A pesquisa da FGV também investigou os fatores que limitam o desempenho empresarial e identificou que a demanda insuficiente é o fator mais mencionado (33,4%). Em seguida estão a concorrência no setor (32,3%) e o custo financeiro (23,6%), este último refletindo as atuais condições das taxas de juros.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um crescimento de 4,0% nas vendas no varejo ampliado comparado ao primeiro semestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelos segmentos de combustível, veículos e comércio atacadista de alimentos e bebidas. Apesar desse avanço, o índice de volume das vendas no varejo ampliado superou muito levemente o pico observado no último trimestre de 2020.

Já as vendas no varejo – excetuando veículos, materiais de construção e comércio atacadista de alimentos e bebidas – também registraram aumento no primeiro semestre deste ano, com uma taxa de crescimento de 1,3%.

Essas informações foram retiradas da edição de julho da Pesquisa Comercial, um relatório mensal que traz os principais números do setor brasileiro do Comércio e Serviços. É possível baixar a publicação para consultar os dados completos dessa edição.

É importante ressaltar que a especialista financeira da CNDL, Merula Borges, realizou uma análise sobre o assunto. Para mais detalhes, é possível assistir ao vídeo completo disponível aqui.

Outros destaques presentes na pesquisa são:

• Crescimento das vendas no varejo ampliado no primeiro semestre de 2023: 4,0%;
• Crescimento das vendas no varejo no primeiro semestre de 2023: 1,3%;
• Criação líquida de empregos formais no comércio no primeiro semestre de 2023: 32.400.

Além disso, a macroenquete trouxe os seguintes números:

• Inflação em um período acumulado de 12 meses: 3,99%;
• Taxa de desemprego: 8,0%;
• Taxa de juros SELIC: 13,25%.

Em relação à inflação, o aumento da taxa de inflação IPCA em um período acumulado de 12 meses encerrado em julho de 2023 foi de 3,99%. Enquanto o IPCA Alimentos apresentou uma alta de 2,20%, o IPCA Serviços registrou uma variação de 5,64%.

Por fim, o termômetro do consumidor revelou que o componente de expectativas do Indicador de Confiança do Consumidor atingiu a pontuação de 107,4 numa escala que varia entre zero e 200 pontos. Já o componente de Situação Atual obteve a pontuação de 76,8 nessa mesma escala.

Com informações do site Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.