Ex-diretor da Abin assume falha na proteção em 8 de janeiro

No depoimento prestado por Saulo Moura da Cunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), durante as investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro de 2023, o ex-subdiretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelou que houve uma falha na proteção nessa data. Segundo ele, embora a Abin tenha fornecido informações relevantes, a decisão final de agir estava nas mãos da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).

Saulo não criticou outras organizações e defendeu a Abin, destacando que a SSP-DF tinha autonomia para avaliar e agir com base nas informações obtidas. O papel da Abin nesse cenário era fornecer informações à SSP-DF para auxiliar na tomada de decisões, porém, Saulo destacou que falhas ocorreram quando essa responsabilidade ficou exclusivamente nas mãos da Secretaria.

O ex-subdiretor também foi questionado sobre a Operação Última Milha, realizada pela Polícia Federal e que visava funcionários da Abin acusados de utilizar ilegalmente um programa para espionar telefones celulares. Saulo afirmou que soube do software através da mídia e que não foi utilizado durante sua gestão.

Durante seu depoimento no Congresso Nacional, na Comissão Parlamentar Mista dos Eventos de 8 de janeiro, Saulo enfatizou a efetividade da Abin em cumprir suas obrigações funcionais e institucionais. Ele contradisse o general Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional na época, alegando que a agência produziu dez relatórios após os eventos. Saulo declarou que os primeiros relatórios foram enviados ao general pela manhã do dia 8 de janeiro através das redes sociais e quando o general pediu que seu nome fosse removido dos relatórios, Saulo reiterou que estava seguindo ordens superiores.

Em resumo, o depoimento de Saulo Moura da Cunha reforçou a importância do papel da Abin em fornecer informações relevantes à Secretaria de Segurança Pública para auxiliar na tomada de decisões. Ele também esclareceu que não teve envolvimento com o software ilegal utilizado na operação Última Milha. Além disso, Saulo destacou a atuação da Abin na produção de relatórios após os eventos de 8 de janeiro, contradizendo afirmações do general Gonçalves Dias.

Resumo da Notícia
  • Saulo Moura da Cunha revela falha na proteção em 8 de janeiro de 2023
  • Abin fornecia informações, mas decisão final era da SSP-DF
  • Operação Última Milha não foi utilizada durante sua gestão
  • Abin produziu dez relatórios após os eventos de 8 de janeiro

Com informações do site G1.

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