Fintechzação e demanda de consumidores trazem oportunidades ‘antes inimagináveis’, diz CEO da Zoop

Executivos de diversas áreas se reuniram em São Paulo para participar da Conferência Innovation Xperience, organizada pelo Movimento Digital Innovation (MID). Durante o evento, foi debatido o movimento de “fintechização” das empresas e como os serviços financeiros estão oferecendo oportunidades para diferentes setores.

Angela Strange, sócia da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz, expressou sua crença em um texto publicado no início de 2020 de que no futuro as empresas obtivessem uma parte significativa de sua receita por meio dos serviços financeiros. Embora esse cenário ainda não tenha sido totalmente alcançado após três anos, muitas empresas já estão encontrando uma parcela importante de sua receita proveniente de serviços “fintechizados”.

Durante o painel sobre “fintechização” das empresas na conferência em São Paulo, foi ressaltado que várias forças têm impulsionado esse movimento. Um Banco Central ativo, principalmente nos últimos 10 anos com a criação do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SPB) pela Lei 12.865. Além disso, a evolução do cenário tecnológico tem possibilitado a oferta de soluções fintech. E há também consumidores insatisfeitos com os serviços tradicionais oferecidos no mercado.

O CEO e cofundador da fintech Zoop, Fabiano Cruz, mencionou que os clientes estão cada vez mais exigentes em relação às tecnologias disponíveis atualmente e que isso vai impulsionar o desenvolvimento de soluções tecnológicas antes inimagináveis. Ele citou como exemplo o caso do iFood, que lançou o Banco Restaurante utilizando a plataforma Banking as a Service (BaaS) da Zoop, facilitando a transferência de fundos para os restaurantes.

Outro projeto mencionado por Cruz é o Tap to Pay do Nubank, que transforma um telefone celular em uma máquina de pagamento. Esse serviço permite que clientes corporativos do Nubank vendam produtos ou serviços e façam diversas transações com débito, crédito ou via Pix.

O painel durante a conferência também abordou a transformação financeira de empresas de diferentes segmentos. O Grupo Energisa, por exemplo, criou a fintech Voltz em 2018 com o objetivo de melhorar a experiência dos consumidores de energia e preencher lacunas nas operações bancárias. Antes da pandemia, dois terços dos clientes do Grupo pagavam suas contas em lotéricas com dinheiro, o que os obrigava a se deslocar para outra cidade em busca do banco mais próximo. A Voltz visa proporcionar inclusão digital e financeira, promovendo mobilidade social.

Essas são algumas das principais conclusões alcançadas durante o evento em São Paulo. O movimento de “fintechização” das empresas tem oferecido oportunidades para diferentes indústrias explorarem serviços financeiros mais personalizados, atraindo um número crescente de clientes e incluindo aqueles previamente excluídos do sistema financeiro tradicional.

A expectativa é que essa tendência se intensifique nos próximos anos à medida que as necessidades e expectativas dos consumidores continuem evoluindo. As empresas que conseguirem acompanhar essas demandas certamente obterão vantagem competitiva e desenvolverão soluções mais adequadas à vida cotidiana de seus clientes.

Resumo da Notícia
Executivos se reuniram em São Paulo para discutir o movimento de “fintechização” das empresas e as oportunidades oferecidas pelos serviços financeiros.
Várias forças têm impulsionado esse movimento, incluindo um Banco Central ativo, evolução tecnológica e consumidores insatisfeitos com serviços tradicionais.
Clientes estão cada vez mais exigentes em relação às tecnologias disponíveis, impulsionando o desenvolvimento de soluções fintech.
Exemplos de empresas que adotaram soluções fintech incluem iFood, Nubank e Grupo Energisa.
O movimento de “fintechização” oferece oportunidades para diferentes indústrias explorarem serviços financeiros mais personalizados.
A expectativa é que essa tendência se intensifique nos próximos anos, impulsionada pela evolução das necessidades e expectativas dos consumidores.

Com informações do site Startups.com.br.

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