Impeachment do Ministro dos Direitos Humanos é Pedido na Câmara: Escândalo envolvendo a Dama do Tráfico gera revolta

Impeachment do ministro dos Direitos Humanos é pedido na Câmara

Um pedido de destituição do Ministro dos Direitos Humanos será apresentado oficialmente na Câmara dos Deputados. O pedido, liderado por Rodrigo Valadares, apoiador do presidente Bolsonaro, já conta com a assinatura de 41 deputados. A petição surge após a confirmação de que o departamento de Almeida financiou as passagens aéreas e diárias de Luciane Farias, conhecida como a Dama do Tráfico, para compromissos do governo federal em Brasília.

Os parlamentares argumentam que existe legitimidade para iniciar o processo de destituição com base em um dos artigos relacionados ao impeachment, que se refere a agir de forma incompatível com a dignidade e honra do cargo. É importante ressaltar que Luciane Farias é esposa de Clemilson Farias, um dos principais líderes do Comando Vermelho.

Luciane teve reuniões no Ministério dos Direitos Humanos e no Ministério da Justiça e Segurança Pública durante sua estadia em Brasília. Além disso, ela aproveitou a oportunidade para conversar com importantes parlamentares como André Janones e Guilherme Boulos. Vale destacar que a Dama do Tráfico foi condenada anteriormente por crimes relacionados ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mas atualmente está em liberdade sob fiança enquanto aguarda recurso.

As passagens aéreas e diárias foram financiadas com recursos do orçamento destinado ao Comitê no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. O Ministério esclareceu que não houve interferência da equipe ministerial na organização do evento, que contou com a participação de mais de 70 pessoas de todo o Brasil.

O ex-presidente Lula se manifestou em defesa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Lula considerou os ataques direcionados a Dino como “plantados artificialmente” e “criminosos”, afirmando que estão coordenados. No entanto, é importante ressaltar que Dino decidiu processar um vereador depois que ele divulgou uma foto erroneamente afirmando que o ministro havia se reunido com Luciane Farias.

Há também suspeitas de “fogo amigo” por trás da revelação das reuniões entre Luciane Farias e autoridades governamentais. Essas reuniões ocorreram durante a primeira metade do ano, mas só vieram à tona agora, coincidindo com a iminente nomeação de Lula para o Supremo Tribunal Federal. Antes desse episódio, Dino era alvo frequente de críticas e ataques da oposição.

É importante destacar que Flávio Dino nega ter interesse em ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal e afirma que ele e Lula nunca tiveram conversas sobre esse assunto.

Com informações do site Câmara dos Deputados.