Polícia Federal combate tráfico internacional de animais da África e da Oceania para o Brasil
Na madrugada desta terça-feira, as autoridades da Polícia Federal deram início à terceira etapa da Operação Caja de Pájaros, que tem como objetivo combater o contrabando internacional de aves exóticas introduzidas ilegalmente no Brasil. As ações foram realizadas na cidade de Alegrete, localizada no interior do Rio Grande do Sul.
Durante a operação, dois mandados de busca foram cumpridos, resultando na apreensão de 29 animais sem a documentação adequada, sendo um deles encontrado sem vida. Além dos animais, foram confiscados telefones celulares e documentos relevantes para a investigação em curso. Agora, os animais serão encaminhados ao Centro de Triagem do IBAMA em Porto Alegre.
A ação da Polícia Federal visa coibir o tráfico ilegal de animais e preservar a fauna brasileira.
No contexto global, o contrabando internacional da fauna e flora movimenta bilhões de dólares anualmente. Segundo informações da Global Financial Integrity Intl, esse comércio ilegal gira entre 7 e 23 bilhões de dólares ao redor do mundo. Diante desse cenário preocupante, as autoridades federais vêm conduzindo investigações há quatro anos.
A presente fase iniciada em 2019 concentra-se no contrabando de aves provenientes da África e Oceania para o Brasil. Essas aves são trazidas clandestinamente como bagagem despachada em voos comerciais oriundos da Europa. Infelizmente, muitos desses animais chegam ao destino final mortos ou debilitados.
Paralelamente às denúncias sobre o contrabando de aves, surgiram também suspeitas sobre a comercialização de organismos geneticamente modificados, prática ilegal conforme a Lei de Biossegurança. Em 2021, durante as primeiras e segundas fases da Operação Caja de Pájaros, ocorreram apreensões significativas em Alegrete, totalizando 263 aves exóticas. Nove pessoas foram denunciadas, incluindo brasileiros, espanhóis e portugueses, acusados de receptação qualificada, organização criminosa internacional, introdução de espécies animais no país sem licença e manutenção de instalações não autorizadas para criação.
É importante ressaltar que importar animais para o Brasil é permitido apenas com autorização prévia do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA. Essa regulamentação busca evitar a disseminação de doenças tanto para a vida animal quanto para os seres humanos. O tráfico ilegal de animais representa uma ameaça à biodiversidade e à saúde pública.
A terceira fase da Operação Caja de Pájaros demonstra o comprometimento das autoridades em combater esse tipo de crime ambiental que coloca em risco a fauna brasileira e impõe sérios danos à natureza. A luta contra o contrabando internacional de aves exóticas continua ganhando força com a atuação da Polícia Federal e demais órgãos competentes.
Resumo da Notícia |
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A Polícia Federal deu início à terceira etapa da Operação Caja de Pájaros, que combate o contrabando internacional de aves exóticas introduzidas ilegalmente no Brasil. |
Foram cumpridos dois mandados de busca na cidade de Alegrete, resultando na apreensão de 29 animais sem documentação adequada, sendo um deles encontrado morto. |
Telefones celulares e documentos relevantes também foram confiscados durante a operação. |
Os animais serão encaminhados ao Centro de Triagem do IBAMA em Porto Alegre. |
A ação visa coibir o tráfico ilegal de animais e preservar a fauna brasileira. |
O contrabando internacional da fauna e flora movimenta bilhões de dólares anualmente. |
A fase atual da operação concentra-se no contrabando de aves provenientes da África e Oceania para o Brasil. |
Nove pessoas foram denunciadas nas fases anteriores da operação, acusadas de diversos crimes relacionados ao contrabando de aves. |
Importar animais para o Brasil é permitido apenas com autorização prévia do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA. |
O tráfico ilegal de animais representa uma ameaça à biodiversidade e à saúde pública. |
A terceira fase da Operação Caja de Pájaros demonstra o comprometimento das autoridades em combater esse crime ambiental. |
Com informações do site Polícia Federal.